quarta-feira, 25 de abril de 2018

Somente DNA poderá confirmar se corpo enterrado na Zona Norte de Natal é mesmo o da menina Yasmin

Yasmin Lorena de Araújo, de 12 anos, não tem documento de identidade para reconhecimento por meio de impressão digital nem ficha de dentista para comparação de arcada dentária.


Yasmin Lorena de Araújo, de 12 anos, desapareceu no dia 28 de março (Foto: Arquivo da Família/cedida)

Yasmin Lorena de Araújo, de 12 anos, desapareceu no dia 28 de março (Foto: Arquivo da Família/cedida)

inda não é possível confirmar se o corpo encontrado enterrado dentro 
de uma casa na tarde desta terça-feira (24) na Redinha, bairro da Zona
 Norte de Natal, é mesmo o de Yasmin Lorena de Araújo, de 12 anos. 
Sem a identificação oficial, o corpo não pode ser liberado para a 
família providenciar o enterro. A menina foi vista pela última vez com vida
 no dia 28 de março, quando saiu para entregar um dinheiro na casa 
de uma vizinha.
Ao G1, o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) revelou que 
Yasmin não possui carteira de identidade, e isso impossibilita um 
eventual reconhecimento por meio das impressões digitais. Além disso, 
a família não conseguiu apresentar nenhuma ficha de dentista para que 
se possa fazer uma identificação por meio da arcada dentária 
do corpo encontrado. “Assim, o único modo possível de se confirmar se 
o corpo é mesmo o de Yasmin será por meio de exame de DNA”, afirmou
 Thiago Tadeu, chefe de gabinete do Itep.
Na manhã desta quarta (25), o pai de Yasmin e uma tia dela estiveram no 
Itep na tentativa de identificar o corpo encontrado na Redinha. Contudo, 
embora tenham dito que as roupas são semelhantes as que Yasmin usava 
no dia em que desapareceu, não foi possível fazer o reconhecimento 
facial em razão do avançado estado de decomposição do cadáver 
desenterrado.
“Sem a identificação, o Itep não pode liberar o corpo para 
sepultamento. Precisamos esperar pelo exame de DNA. Caso o resultado
 seja positivo, a família vai poder fazer o enterro. Caso contrário, o 
corpo encontrado fica no Itep por 10 dias, pelo menos, enquanto 
aguardamos algum parente que também possa se submeter à 
comparação genética. Se neste período o corpo não for reclamado, 
ele será enterrado como indigente”, explicou Tadeu.

Falta de laboratório

A polícia investigativa do Rio Grande do Norte não possui um laboratório 
próprio de DNA. Assim, quando é preciso fazer exames desta natureza, 
amostras são comumente enviadas para Salvador, na Bahia. A parceria 
prevê envio de materiais duas vezes ao ano, o que torna o procedimento
 ainda mais demorado.
Ainda de acordo com o chefe de gabinete, o laboratório de DNA do Itep, 
que está em fase de implantação, deve ser inaugurado em maio.

Casa saqueada e depredada

Na noite desta terça, revoltados com o caso, moradores da Redinha 
depredaram e saquearam a casa de um pedreiro suspeito de ter 
envolvimento no desaparecimento e morte da garota. Este suspeito, que
 segundo a Polícia Civil passou a ser procurado após o corpo ter sido 
encontrado, era quem trabalhava na obra de construção do imóvel onde
 o corpo foi enterrado.
Casa de suspeito foi invadida, saqueada e depredada por moradores revoltados com o desaparecimento e possível assassinato Yasmim (Foto: Rafael Barbosa/G1)Casa de suspeito foi invadida, saqueada e depredada por moradores revoltados com o desaparecimento e possível assassinato Yasmim (Foto: Rafael Barbosa/G1)
Casa de suspeito foi invadida, saqueada e depredada por moradores revoltados com o desaparecimento e possível assassinato Yasmim (Foto: Rafael Barbosa/G1)
A casa depredada fica ao lado da residência onde mora a família de Yasmim. De acordo com a Polícia Militar, os moradores acham que estão fazendo 
justiça. Móveis, eletrodomésticos, e até uma pia inteira foram levados pelas pessoas que invadiram a casa. Os cômodos ficaram revirados e
 pichações foram feitas nas paredes da residência.

O desaparecimento

Yasmin foi vista pela última vez por volta das 13h do dia 28 de março. De
 acordo com a família, a menina saiu de casa, na Rua José Acácio de 
Macedo, na comunidade da África, na Redinha, para entregar um dinheiro
 a uma vizinha a pedido da mãe. A mulher que receberia o dinheiro mora 
em uma rua próxima, e disse que a menina sequer chegou ao destino. 
A família então procurou a polícia e fez uma queixa do desaparecimento dela. Desde então, começaram as buscas por Yasmim.
Fonte: g1.globo.com

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