Yasmin Lorena de Araújo, de 12 anos, não tem documento de identidade para reconhecimento por meio de impressão digital nem ficha de dentista para comparação de arcada dentária.
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Yasmin Lorena de Araújo, de 12 anos, desapareceu no dia 28 de março (Foto: Arquivo da Família/cedida)
inda não é possível confirmar se o corpo encontrado enterrado dentro
de uma casa na tarde desta terça-feira (24) na Redinha, bairro da Zona
Norte de Natal, é mesmo o de Yasmin Lorena de Araújo, de 12 anos.
Sem a identificação oficial, o corpo não pode ser liberado para a
família providenciar o enterro. A menina foi vista pela última vez com vida
no dia 28 de março, quando saiu para entregar um dinheiro na casa
de uma vizinha.
Ao G1, o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) revelou que
Yasmin não possui carteira de identidade, e isso impossibilita um
eventual reconhecimento por meio das impressões digitais. Além disso,
a família não conseguiu apresentar nenhuma ficha de dentista para que
se possa fazer uma identificação por meio da arcada dentária
do corpo encontrado. “Assim, o único modo possível de se confirmar se
o corpo é mesmo o de Yasmin será por meio de exame de DNA”, afirmou
Thiago Tadeu, chefe de gabinete do Itep.
Na manhã desta quarta (25), o pai de Yasmin e uma tia dela estiveram no
Itep na tentativa de identificar o corpo encontrado na Redinha. Contudo,
embora tenham dito que as roupas são semelhantes as que Yasmin usava
no dia em que desapareceu, não foi possível fazer o reconhecimento
facial em razão do avançado estado de decomposição do cadáver
desenterrado.
“Sem a identificação, o Itep não pode liberar o corpo para
sepultamento. Precisamos esperar pelo exame de DNA. Caso o resultado
seja positivo, a família vai poder fazer o enterro. Caso contrário, o
corpo encontrado fica no Itep por 10 dias, pelo menos, enquanto
aguardamos algum parente que também possa se submeter à
comparação genética. Se neste período o corpo não for reclamado,
ele será enterrado como indigente”, explicou Tadeu.
Falta de laboratório
A polícia investigativa do Rio Grande do Norte não possui um laboratório
próprio de DNA. Assim, quando é preciso fazer exames desta natureza,
amostras são comumente enviadas para Salvador, na Bahia. A parceria
prevê envio de materiais duas vezes ao ano, o que torna o procedimento
ainda mais demorado.
Ainda de acordo com o chefe de gabinete, o laboratório de DNA do Itep,
que está em fase de implantação, deve ser inaugurado em maio.
Casa saqueada e depredada
Na noite desta terça, revoltados com o caso, moradores da Redinha
depredaram e saquearam a casa de um pedreiro suspeito de ter
envolvimento no desaparecimento e morte da garota. Este suspeito, que
segundo a Polícia Civil passou a ser procurado após o corpo ter sido
encontrado, era quem trabalhava na obra de construção do imóvel onde
o corpo foi enterrado.
Casa de suspeito foi invadida, saqueada e depredada por moradores revoltados com o desaparecimento e possível assassinato Yasmim (Foto: Rafael Barbosa/G1)
A casa depredada fica ao lado da residência onde mora a família de Yasmim. De acordo com a Polícia Militar, os moradores acham que estão fazendo
justiça. Móveis, eletrodomésticos, e até uma pia inteira foram levados pelas pessoas que invadiram a casa. Os cômodos ficaram revirados e
pichações foram feitas nas paredes da residência.
O desaparecimento
Yasmin foi vista pela última vez por volta das 13h do dia 28 de março. De
acordo com a família, a menina saiu de casa, na Rua José Acácio de
Macedo, na comunidade da África, na Redinha, para entregar um dinheiro
a uma vizinha a pedido da mãe. A mulher que receberia o dinheiro mora
em uma rua próxima, e disse que a menina sequer chegou ao destino.
A família então procurou a polícia e fez uma queixa do desaparecimento dela. Desde então, começaram as buscas por Yasmim.
Fonte: g1.globo.com
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