A Procuradoria Geral da República (PGR) apura – em um terceiro inquérito aberto para investigar o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) –, o suposto uso da presidência da Câmara para atrapalhar investigações da Lava Jato e obter vantagens indevidas.
A investigação sob sigilo resultou nas buscas e apreensões realizadas pela Polícia Federal nesta terça-feira (15) em casas do deputado, inclusive a residência oficial da presidência da Câmara.
O suposto abuso e desvio da atividade parlamentar envolveria não só Cunha, mas também os ministros Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Henrique Eduardo Alves (Turismo), ambos do PMDB.
No total, nove agentes políticos foram alvos da Operação Catilinárias, desdobramento da Lava Jato. Alguns deles também são investigados por uso de mandatos para interferir em apurações da Lava Jato, obtenção de vantagens indevidas em benefício próprio ou de terceiros, incluindo a venda medidas provisórias.
Os pedidos para as buscas não são recentes. Em alguns casos, como o de Cunha, a cautelar com pedido de busca e apreensão foi pedida ao STF no dia 24 de novembro. Segundo investigadores, isso contraria a versão de que as ações seriam uma retaliação à aceitação do pedido de abertura de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Na apuração sobre a Transpetro, que teve desdobramentos nesta nova operação, o pedido foi realizado pela Procuradoria Geral da República no dia 23 de outubro. Essa linha de investigação envolve o ex-presidente da empresa Sérgio Machado, ligado ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A procuradoria pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que fossem realizadas buscas na casa do parlamentar, mas foi negado.
Uma das buscas e apreensões desta terça (15) atingiu um investigado relacionado com as apurações sobre o ex-presidente Fernando Collor, também em novo desdobramento das investigações da Lava Jato.
Fonte: G1
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