José Murilho Carvalho, da Secretaria de Políticas Culturais do MinC, que está conduzindo a digitalização dos acervos culturais (Foto: Lia de Paula/ MinC)
Tainacam é a deusa tupi das constelações. Seu nome batiza uma ferramenta que está sendo desenvolvida pelo Ministério da Cultura, em parceria com a Universidade Federal de Goiás, em software livre e de forma colaborativa.
Tainacam é a deusa tupi das constelações. Seu nome batiza uma ferramenta que está sendo desenvolvida pelo Ministério da Cultura, em parceria com a Universidade Federal de Goiás, em software livre e de forma colaborativa.
Essa ferramenta possibilitará a digitalização e disponibilização de acervos da cultura brasileira, compondo o Projeto de Política Nacional de Acervos Digitais. É meta do Plano Nacional de Cultura de digitalização de 100% do acervo do Sistema MinC, ou seja, do próprio ministério e de suas entidades vinculadas.
Para apresentar as várias ações que estão sendo desenvolvidas dentro do Tainacan, conduzido no Ministério da Cultura pela Secretaria de Políticas Culturais, seus dirigentes apresentaram, na tarde da sexta-feira, dia 25, em Brasília e com transmissão via internet, várias palestras. Essas palestras integraram a programação da 9ª Primavera dos Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).
"Criar uma coleção, ou melhor, o desafio de criar em um único lugar um depositório que integrasse acervos dos mais diversos formatos – de arquivos, museus e bibliotecas – como se fosse uma constelação, pela complexidade e amplitude, nos inspirou a dar o nome de Tainacan a essa solução", explicou o coordenador-geral de Cultura Digital do MinC, José Murilo Carvalho.
Como projeto–piloto, a Tainacan já está sendo usada para acolher os acervos digitalizados de 24 projetos selecionados pelo edital para Preservação e Acesso do Patrimônio Afro-Brasileiro, elaborado em parceria com a UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), que deverá ser concluído até o fim do ano, quando a ferramenta deverá ser lançada oficialmente.
Após a apresentação de José Murilo Carvalho, o professor Dalton Martins, da UFG, explicou aos presentes – via contato online – mais detalhes sobre o funcionamento da ferramenta. Seu produto final funcionará como um serviço de busca que disponibilizará arquivos de som, imagem ou vídeo de um acervo digitalizado de cultura de todo o Sistema MinC e de outras instituições.
Dando continuidade ao desenvolvimento da ferramenta, será lançado, no mês que vem, um edital de preservação de acervos ligados aos Povos Originários, que inclui a memória da cultura indígena brasileira. Os projetos selecionados utilizarão a ferramenta Tainacan para abrigar os acervos que serão digitalizados.
Ainda sobre a questão dos acervos digitais, a coordenadora-geral de Cooperação e Assuntos Bilaterais do MinC, Cyntia Uchôa, expôs uma parceria entre Brasil e União Europeia, que promoverá missões e intercâmbios com países europeus para desenvolvimento de integração operacional entre acervos nacionais e iniciativas internacionais.
Em âmbito nacional, o Ministério da Cultura já iniciou diálogos com as pastas da Educação, Ciência e Tecnologia e Inovação, e Saúde, por meio da RNP (Rede Nacional de Pesquisa), para viabilizar a criação de ferramentas nacionais de armazenagem, memória e busca de acervos nacionais digitais.
Fonte: www.cultura.gov.br/
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