Trabalhadores das refinarias, plataformas e centros de distribuição da Petrobras decidiram aderir ao dia de greves e protestos convocado pelas centrais sindicais e movimentos sociais para a próxima sexta-feira (30), contra as reformas trabalhista e da Previdência.
FUP
Os petroleiros denunciam também a extinção de postos de trabalho nas refinarias, que passaram a operar abaixo do contingente mínimo sugerido, aumentando o risco de acidentes. No último dia 9, três trabalhadores morreram quando explodiu uma caldeira na praça de máquinas, no Campo de Marlim, um dos principais ativos da Petrobras na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirma que, em razão dessa redução, e da ausência de diálogo em torno de decisões como essas, que afetam diretamente as condições de trabalho, a greve que começa nesta sexta deve se estender por tempo indeterminado nas refinarias. A decisão é resultado de assembleia realizada na última quinta-feira (22).
Para o coordenador da FUP, José Maria Rangel, o desmonte desencadeado pelo atual presidente da estatal, Pedro Parente, é comparável com o pretendido pelo governo Temer nas aposentadorias e nos direitos trabalhistas. "Visa a atender interesses das petrolíferas internacionais, interessadas na venda de ativos da empresa."
À RBA, Rangel afirmou que a greve da próxima sexta-feira "tem um caráter fundamental, pelo desmonte que a nossa empresa vem sofrendo". Ele ressaltou que os petroleiros têm "obrigação" de resistir a esse processo.astamento do presidente Michel Temer e a antecipação de eleições diretas. E denuncia o que classifica como processo de desmonte promovido na maior empresa pública do país – com a venda de campos do pré-sal e outros ativos da estatal, como refinarias e distribuidoras.
Fonte: Rede Brasil Atual
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