quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Prefeitura de cidade do RN decreta emergência por causa de tremores

Documento será publicado nesta quinta (5) no Diário Oficial dos Municípios.
Cidade teve 48 casas danificadas por tremores de terra.



Rachaduras aparecem nas casas de Pedra Preta após últimos tremores (Foto: Jorge Talmon/G1)
Rachaduras nas casas de Pedra Preta
(Foto: Jorge Talmon/G1)
A série de tremores de terra que atinge a cidade de Pedra Preta, a 149 quilômetros de Natal, levou a prefeitura a assinar nesta quarta-feira (4) o decreto que coloca o município em situação de emergência. O documento foi assinado no fim da tarde pelo prefeito Luiz Antônio Bandeira de Souza e será publicado nesta quinta-feira (5) no Diário da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), segundo informou o coordenador da Defesa Civil da cidade, Guilherme Bandeira.

Com a situação de emergência, o município espera viabilizar apoio financeiro para a reconstrução de casas e prédios públicos danificados pelos tremores. Guilherme Bandeira explica que o decreto foi elaborado com base nos relatórios do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), Corpo de Bombeiros, secretarias de assistência social estadual e municipal, um levantamento fotográfico, além da Coordenadoria de Defesa Civil da cidade. "Vamos entregar a documentação na próxima terça-feira (10) ao presidente da Câmara da Câmara Federal, Hernrique Eduardo Alves. Brasília já tomou conhecimento", afirma.

Além dos danos a 48 casas, o posto de saúde também apresenta rachaduras e o ginásio de esportes da cidade teve a estrutura totalmente comprometida com os tremores. "Ainda temos outras questões. Fizemos contato com a Cruz Vermelha para um treinamento com a população. Também vamos solicitar apoio dos hospitais das cidades de Lajes e João Câmara em caso de necessidade", explica.

Mapa de Pedra Preta, no RN (Foto: G1)Mapa de Pedra Preta, no RN (Foto: G1)
Tremores em Série
Entre os meses de outubro e novembro de 2013, Pedra Preta foi impactada por uma série de tremores que amedrontou os moradores do município. Apenas entre o dia 24 de outubro, quando os abalos se intensificaram na região, e o dia 10 de novembro, mais de 600 tremores foram resgitrados. Por recomendação das autoridades, muitas pessoas dormiram do lado de fora de casa.

Apesar disso, a vistoria realizada por representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea/RN) constatou que, apesar do grande número de fissuras e rachaduras nos imóveis da região, não houve comprometimento nas estruturas das casas do município.

Equipes do Defesa Civil e psicólogos foram enviados pelo governo à cidade para atender a população.

A cidade fica localizada na região Central do Rio Grande do Norte, tem 2.600 habitantes, de acordo com o Censo 2010 do IBGE. Destes, 70% residem na zona rural. A cidade é pacata e quase todo mundo se conhece. Em todo o município, há sete escolas: cinco na zona rural e duas na cidade. Uma igreja católica, duas evangélicas e um centro espírita dividem a fé dos moradores. Os postos de saúde são três. A cidade conta com um ponto de apoio para a Polícia Militar, mas não tem delegacia. Cinco policiais se revezam na segurança do município.

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