Quando faltam cinco meses para o primeiro turno da eleição presidencial, é útil recordar que Lula continua na frente entre concorrentes competitivos à presidência -- também pelo critério da rejeição.
Apurada pelo instituto Ipsos, a rejeição de Lula bate em 52%.
Enquanto isso, a rejeição de Bolsonaro encontra-se em 60%, a de Marina Silva fica em 61%. Ciro Gomes tem 65% e a de Geraldo Alckmin bate em 69%.
A rejeição a Lula é tão baixa, na verdade, que se compara, na margem da erro, a do juiz Sérgio Moro, que faz política por outros meios. Endeusado pela mídia, Moro é rejeitado por 50%.
Se todos sabemos que a rejeição aos políticos anda pelas alturas, a posição de Lula na tabela é um trunfo imenso a favor de sua candidatura e confirma sua liderança entre a maioria do povo. O dado é ainda mais respeitável quando se recorda que se encontra preso desde 7 de abril, condenado sem provas, no final de uma campanha brutal de perseguição judicial, reforçada pelo espetáculo da mídia.
Considerando as imensas dificuldades que aguardarão o novo presidente, a ser empossado em 2019 num país arruinado pelo governo Temer e seus padrinhos, os números demonstram que Lula é o candidato com melhores condições para conduzir o destino dos brasileiros.
A partir dos dados do Ipsos, pode-se concluir que é aquele que atende a um critério fundamental numa democracia. Não só possui as maiores intenções de voto a favor -- fato confirmado por outras pesquisas, de todos os institutos -- mas é aquele que enfrentará menor oposição para governar.
Essa é uma diferença essencial quando se recorda a agenda indispensável do país a partir de 2019, que envolve a necessidade de se promover um novo pacto político, necessário para a reconstrução da democracia e a retomada do crescimento econômico.
A comparação com outros levantamentos mostrar uma queda na rejeição -- 57% em março, 54% em abril, 52% em maio -- e uma recuperação da aprovação, que passou de 41% para 42% e 45%.
Na verdade, a pesquisa confirma o acerto da resistência de Lula, em defender suas liberdade e seus direitos. Demonstra, também, que é uma liderança única no atual momento político do país, de desabamento do sistema político e da maioria das lideranças estabelecidas, revelando o caráter mesquinho, irresponsável, de quem pressiona pela desistência de sua candidatura.
Seus números mostram que tentar esvaziar sua candidatura, hoje, nada mais é do que um desrespeito a vontade popular -- e uma prestação de serviço contra a democracia.
Uma última observação. Quem quiser descobrir a vantagem de Lula também no quesito rejeição através do Estadão, terá uma certa dificuldade.
Com o argumento de que "Lula está preso e não deverá concorrer", a notícia mais relevante da pesquisa -- quem está na frente -- ficou escondida nos parágrafos finais do texto. Não aparece no título nem no subtítulo. Trata-se, por parte do jornal, de um esforço óbvio para esconder a força da liderança de Lula entre a maioria da população e o caráter absurdo, anti-democrático, que envolve toda tentativa de impedir sua presença na campanha.
Fonte: www.brasil247.com
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