UTI cardiológica Hospital Walfedo Gurgel, localizado em Natal, é a única da rede pública no Estado.
Foto: Kívia Soares/NE10 RN
Kívia Soares
Do NE10/Rio Grande do Norte
Cinco cardiologistas especializados em atendimento de UTI do Hospital Walfredo Gurgel (HWG) em Natal, o maior do Rio Grande do Norte, pediram exoneração dos cargos nessa quinta-feira (4). O motivo apontado pelos médicos seria a falta de condições de trabalho na unidade. Nesta sexta-feira (5), uma reunião entre eles o e secretário de Saúde Pública do Estado (Sesap), Luiz Roberto Fonseca, deve ocorrer para tentar reverter à decisão.
Os médicos George Paulo Cobe Fonseca, Cristiane Guedes Pita, Luciano Pilla Pinto, Rodrigo Lopes de Sousa e Stefferson Luiz Melo Duarte solicitaram exoneração em conjunto em carta enviada a diretora do HWG, Maria de Fátima Pereira Pinheiro.
A decisão deles ocorre após um dia do movimento #vempraruapelasaúde, ocorrido na capital potiguar e em outras cidades brasileiras como forma de protesto contra a importação de médicos estrangeiros pelo Governo Federal e melhores condições de trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS).
Na carta, os médicos apontam a insatisfação e o cansaço coletivo que a equipe enfrenta ao longo do tempo de trabalho no HWG, pois segundo os cardiologistas as denúncias dos problemas e os pleitos pelas soluções são feitas desde 2010, no entanto , não houve soluções concretas mas apenas decisões imediatistas e ineficazes.
E acrescentam que os problemas são registrados no livro de ocorrências do hospital e comunicados a direção, estando disponíveis para quem tivesse o interesse e o compromisso de resolver as deficiências.
Entre os problemas enfrentados de acordo com os médicos estão: a falta de abastecimento de medicamentos, estrutura inadequada como problemas no ar-condicionado e infiltrações, falta de equipamentos essenciais e indisponibilidade de exames de laboratório básicos, por exemplo.
“Sem vislumbrar perspectivas de soluções, buscando não compactuar com esse caos perene e estando inconformados com o completo descaso, solicitamos nosso desligamento", diz um dos trechos da carta de demissão.
Fonte: ne10.uol.com.br
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