domingo, 13 de maio de 2018

Dois anos de governo Temer: Desemprego, corrupção e impopularidade

O governo de Michel Temer completa dois anos neste sábado (12) com marcas que contrastam com o otimismo que ele exibe na mídia do monopólio: Impopularidade recorde e uma coleção de acusações de envolvimento em casos de corrupção são algumas. No que se refere ao cenário sócio-econômico, Temer colaborou para o Brasil voltar ao mapa da fome e estimulou um cenário em que falta emprego para 26 milhões de brasileiros.

Reprodução GloboNews
Temer cercado por seguranças no centro de S.Paulo quando foi hostilizado após visitar prédio que desabouTemer cercado por seguranças no centro de S.Paulo quando foi hostilizado após visitar prédio que desabou
Pesquisa do Instituto DataFolha sobre desempenhos de presidentes da República, que usa pontuação de 0 a 200 para medir desempenho, aponta que Temer marcou 25 pontos enquanto Lula, preso político do golpe, deixou a última gestão com 183 de pontuação. 


“Compilação das mais de 200 pesquisas de avaliação de governo feitas pelo Datafolha nas últimas três décadas mostra que a média do atual presidente da República nesses 24 meses é pior até mesmo do que a dos antecessores que sofreram impeachment, Dilma Rousseff e Fernando Collor”, diz matéria publicada na Folha de S.Paulo neste sábado.



Temer foi alçado ao lugar da presidenta eleita Dilma Rousseff sob a alegação de que colocaria fim à crise econômica e nas denúncias de corrupção. Apenas em 2017, o atual presidente foi denunciado duas vezes ao Supremo Tribunal Federal pela Procuradoria Geral da República (PGR). 



As acusações vão desde corrupção passiva passando por organização criminosa e obstrução de justiça. No caso mais grave, foi acusado pelo Ministério Público de acordar com o dono da empresa JBS, Joesley Batista, pagamento de propina para o deputado Eduardo Cunha. A conversa foi gravada. Mais recentemente há denúncias de que Temer também recebeu propina por contratos da secretaria de Aviação Civil.



O jornalista e blogueiro Ricardo Kotsho compara o tratamento recebido por Temer e Lula em post no Balão do Kotsho: “Breve retrato do Brasil da Lava Jato no sábado em que Michel Temer torra dinheiro em propaganda para comemorar dois anos de governo: Lula está preso há 35 dias em Curitiba numa cela solitária, condenado sem provas, por conta de um apartamento que não é dele, alijado da campanha eleitoral. Paulo Preto, o operador do PSDB, acusado de guardar mais de R$ 100 milhões em contas na Suíça, foi libertado pelo ministro Gilmar Mendes”.



O blogueiro completou: “Em quatro anos de Lava Jato e dois de governo Michel Temer, o mais rejeitado da história, o Brasil regrediu 50 anos em direitos sociais e conquistas democráticas, com 14 milhões de desempregados e algumas das suas maiores empresas quebradas, sem rumo e sem perspectivas”.



Os efeitos dos dois anos de governo Temer também foram apontados em resolução da 18ª Reunião da Direção Nacional da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). A reforma trabalhista de autoria de Temer, que completou 6 meses nesta sexta-feira (11), foi um retrocesso aos direitos trabalhistas e formalizou a precarização das relações de trabalho no Brasil.



“O movimento sindical é alvo prioritário dos golpistas. O fim da compulsoriedade da Contribuição Sindical, embutido na contrarreforma trabalhista, e a restrição da cobrança da taxa assistencial aos sócios por um ministro do STF, têm o claro objetivo de estrangular financeiramente e desmantelar sindicatos e centrais, de forma a dificultar a organização, mobilização e resistência da classe trabalhadora ao retrocesso”, afirma trecho da resolução.



A central defendeu a luta em defesa do direito do ex-presidente Lula ser candidato nas eleições de outubro. “O único julgamento justo é o do povo brasileiro e a sentença contra ou a favor de Lula deve vir das urnas. Querem retirá-lo do jogo para perpetuar o golpe”. Ainda de acordo com a resolução da CTB, “É indispensável unir o movimento sindical e suas bases para organizar uma plataforma unitária em defesa da Petrobras, Eletrobras, Cedae e outras estatais, bem como do SUS, da educação e das universidades públicas”



O efeito da presença de Temer em aparições públicas é proporcional à popularidade. Em visita aos moradores que ocupavam o prédio que desabou no dia 1º de maio no centro de São Paulo, ele foi hostilizado e chamado de golpista e não pôde concluir a visita. O prédio era de propriedade da União. 

Veja o vídeo:




Do Portal Vermelho

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