quinta-feira, 1 de março de 2018

Associação de policiais pede suspensão de concurso da PM do RN

Advogados que representam a categoria questionam a idoneidade da empresa escolhida para realizar a prova.

Associação de policiais pede suspensão de concurso da PM do RN (Foto: Demis Roussos/Governo do RN)

Associação de Praças da Polícia Militar do Rio Grande do Norte pediu 
ao Ministério Público a suspensão do concurso previsto pelo Governo
 para preenchimento de vagas na corporação. O motivo alegado pela
 associação é que a empresa que vai realizar o certame precisa ser
 investigada, porque responde a processos na Justiça e está há
 “somente” dois anos no mercado.
Na representação protocolada na Promotoria do Patrimônio Público,
 os advogados que assinam o documento dizem que o Instituto 
Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade), empresa 
organizadora do concurso da polícia, responde a processos em vários 
estados onde prestou o mesmo serviço, como Pará, Acre, Rondônia, 
Sergipe, Goiás e Mato Grosso do Sul.
Outro questionamento feito pela Associação de Praças é que o Ibade
 foi criado como extensão de outra empresa: a Funcab. De acordo com 
o documento protocolado no MP, o diretor proprietário desta segunda 
empresa, Sílvio Eduardo Luiz, responde a vários procedimentos 
investigatórios. O valor pago pelo Governo do Estado para a realização
 do concurso também é alvo dos questionamentos da Associação: 
R$ 1,47 milhão, com dispensa de licitação.
Para o advogado Paulo Lopo Saraiva, um dos que assinam o 
documento, 
o valor é muito alto e daria pra ter feito o certame com licitação. 
“A empresa vai receber R$ 1,4 milhão pra fazer apenas uma prova, 
o restante das etapas do concurso serão feitas pela própria Polícia
 Militar”, critica.
Atualmente o concurso da PM está suspenso temporariamente
 pela justiça, que considerou que os cargos devem ser ocupados
 por candidatos com ensino superior completo, conforme determina u
ma lei estadual.

Governo alega melhor preço

A Secretaria de Estado de Recursos Humanos (Searh) enviou nota
 esclarecendo que contatou um total de oito empresas aptas a realizar 
o certame, das quais seis enviaram proposta. “Das seis empresas, 
o Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo – IBADE 
foi a instituição que apresentou o menor preço”, diz a nota. Além disso,
 a pasta alega que ainda não tomou conhecimento da representação 
contra a empresa.
Fonte: G1

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