Advogados que representam a categoria questionam a idoneidade da empresa escolhida para realizar a prova.
Associação de Praças da Polícia Militar do Rio Grande do Norte pediu
ao Ministério Público a suspensão do concurso previsto pelo Governo
para preenchimento de vagas na corporação. O motivo alegado pela
associação é que a empresa que vai realizar o certame precisa ser
investigada, porque responde a processos na Justiça e está há
“somente” dois anos no mercado.
Na representação protocolada na Promotoria do Patrimônio Público,
os advogados que assinam o documento dizem que o Instituto
Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade), empresa
organizadora do concurso da polícia, responde a processos em vários
estados onde prestou o mesmo serviço, como Pará, Acre, Rondônia,
Sergipe, Goiás e Mato Grosso do Sul.
Outro questionamento feito pela Associação de Praças é que o Ibade
foi criado como extensão de outra empresa: a Funcab. De acordo com
o documento protocolado no MP, o diretor proprietário desta segunda
empresa, Sílvio Eduardo Luiz, responde a vários procedimentos
investigatórios. O valor pago pelo Governo do Estado para a realização
do concurso também é alvo dos questionamentos da Associação:
R$ 1,47 milhão, com dispensa de licitação.
Para o advogado Paulo Lopo Saraiva, um dos que assinam o
documento,
o valor é muito alto e daria pra ter feito o certame com licitação.
“A empresa vai receber R$ 1,4 milhão pra fazer apenas uma prova,
o restante das etapas do concurso serão feitas pela própria Polícia
Militar”, critica.
Atualmente o concurso da PM está suspenso temporariamente
pela justiça, que considerou que os cargos devem ser ocupados
por candidatos com ensino superior completo, conforme determina u
ma lei estadual.
Governo alega melhor preço
A Secretaria de Estado de Recursos Humanos (Searh) enviou nota
esclarecendo que contatou um total de oito empresas aptas a realizar
o certame, das quais seis enviaram proposta. “Das seis empresas,
o Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo – IBADE
foi a instituição que apresentou o menor preço”, diz a nota. Além disso,
a pasta alega que ainda não tomou conhecimento da representação
contra a empresa.
Fonte: G1
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