Em entrevista à TV 247, o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) afirma que a censura imposta por Michel Temer ao "vampirão" da Paraíso do Tuiuti, que não pôde usar a faixa presidencial no desfile das campeãs do Rio de Janeiro, demonstra que o golpe já entrou numa nova etapa, com ataques à liberdade de expressão. "O que os ditadores mais temem é a sátira e esse carnaval foi devastador para o Temer, exposto para o Brasil e para o mundo como um vampiro que suga os direitos dos brasileiros", afirma.
Segundo Damous, a desordem hoje parte do Estado brasileiro e a intervenção militar no Rio de Janeiro, que é absolutamente ilegal, embaralha o jogo político. "Podem tentar construir um candidato fardado ou até preparar terreno para a tomada direta do poder", afirma. O deputado lembra ainda que o Rio de Janeiro é o décimo-oitavo estado no ranking da violência. "Este carnaval foi menos violento do que o do ano anterior, mas a histeria foi criada pela Globo, assim como nos tempos do governo do Leonel Brizola", diz o parlamentar.
Na entrevista Wadih também falou sobre o risco de caos social com a prisão de Lula. "Essas faixas colocadas nas comunidades, dizendo que o morro vai descer, foram emblemáticas e eu, se estivesse no lugar deles, não brincaria com fogo", afirma. Caberia ao Supremo Tribunal Federal, segundo ele, ter a responsabilidade de pautar o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Lula. "A Cármen Lúcia é que apequena o Supremo ao não colocar a questão em pauta", afirma.
Wadih também disse que a direita parece estar disposta a ver o circo pegar fogo e citou o caso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que incita mais violência contra Lula. "Já sabíamos que ele era cínico, porque nunca falou sobre o apartamento em Paris, na Avenue Foch, nem que a corrupção na Petrobras foi estruturada no seu governo. O que não conhecíamos era seu grau de mediocrização. Luciano Huck? Tenha paciência", afirmou.
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Fonte: www.brasil247.com
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