O nível de água da Lagoa do Bonfim, localizada em Nísia Floresta, está com o menor índice desde 1974. A lagoa abastece cerca de 10 cidades, a maioria delas na região do Potengi. Mesmo com o índice, O titular da Secretaria do Estado de Recursos Hídricos (Semarh), Mairton França, tranquilizou sobre a questão.
Mairton França explica que, mesmo na atual situação, o regime de chuva da Lagoa está localizada no litoral leste potiguar, onde há chuvas previstas para maio.“Em 2015, não houve recarga na Lagoa do Bonfim, mas de acordo com dados de monitoramento, ela suporta até 2019. Não há motivo para alarde”, afirmou.
A situação se agravou, de acordo com Mairton, por diversos fatores. A água da Lagoa do Bonfim é captada pela adutora Monsenhor Expedito, que teve o impacto em seu uso minimizado com a perfuração de dez poços em Boacica, que está injetando água na adutora.
“Já é um alivio de pressão de demanda sobre a Lagoa, mas não teve recarga. Foi muito baixa e muito aquém do que o monitoramento do estado espera, o principal fator foi esse. A demanda por água também aumentou, o que acontece em qualquer sociedade. Os costumes mudaram, a cidade passou a consumir mais água, as cidades cresceram, a população também”, argumentou.
Racionamento
Mairton França acredita que depois de uma seca longa, como o Rio Grande do Norte vem enfrentando, o período de estiagem acabará em 2017. Ele explicou que se não houver chuvas em 2016 acima ou na média aguardada, é “quase certo que 2017 teremos uma boa estação de chuvas”.
Até lá, o gestor alerta a necessidade de racionamento de água na zona urbana e no interior. Ele relatou que mesmo com as cidades da região metropolitana de Natal não terem entrado no rodizio de água ou racionamento, a população deve fazer o uso consciente. “Temos que reduzir a zero o desperdício de água. É complicado porque não temos uma cultura de poupar água na zona urbana”, encerrou.
Fonte: www.santacruzrnonline.com/
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