O noticiário da semana foi marcado pelo arrastão feito no prédio, na praia de Areia Preta, em que reside o governador, Robinson Faria, e o prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves.
Após o acontecimento, os representantes e cabos eleitorais oposicionistas aproveitaram o caso para atacar e os mais próximos ao governo reuniram meios para minimizar o ocorrido. Faz parte do jogo democrático.
Mas o fato é que a manchete, “o apartamento do governador foi assaltado”, esconde uma verdade que deveria ter sido levada mais em consideração – ao recusar a residência oficial, Robinson passou a agir e a enfrentar os mesmos riscos que um cidadão comum.
Logo na campanha, Robinson já tinha entendido o ressentimento da população norte-riograndense chateada por ver o “poder” de maneira muito distante da sua vida e dos seus problemas concretos. Com medidas simples, ele prometeu ser um líder mais acessível do que foram os governadores anteriores.
Durante a disputa o governador começou a colocar a postura solicitada pela sociedade em prática – palcos próximos do povo, caminhadas de rua, conversa face-a-face e carros acessíveis foram largamente utilizados.
No exercício do cargo o novo jeito de se portar foi mantido. Tanto que sua primeira deliberação foi dispensar a residência oficial, economizando R$ 100 mil reais mensais, além de disponibilizar para o serviço ostensivo de rua cerca de 54 policiais que antes ficavam à disposição do governador.
Caso tivesse na residência oficial, como Rosalba, Wilma ou Garibaldi, não teria passado pelo perrengue relatado e evitado a propaganda negativa. Mas ao custo político descrito acima e traindo o que encarou como determinação do potiguar.
(IN) SEGURANÇA
A segurança representa, sem sombra de dúvida, o principal desafio a ser enfrentado pela nova administração. Os dados de assalto, homicídio, apesar de terem melhorado nesses primeiros 100 dias de gestão, ainda são elevados.
Mas a atuação de Robinson, ao se posicionar mais próximo dos cidadãos e até ter a inclinação de estar suscetível aos mesmos perigos de um morador do RN comum, demonstra que ele não fugirá de sua responsabilidade.
Fonte: www.opotiguar.com.br/
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