Governador reafirmou que pretende fazer gestão 'humanitária' no estado.
Robinson tomou posse como governador nesta quinta (1) em Natal.
Empossado governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD) reafirmou que fará um 'governo humanitário' durante o discurso de posse na tarde desta quinta-feira (1) no Centro de Convenções de Natal, na Via Costeira, na Zona Sul da capital potiguar. Em sua fala, o governador destacou educação, saúde e segurança como prioridades do governo, citando ações que pretende promover nas três áreas. Robinson Faria também agradeceu aliados e reafirmou que sua motivação é ser "o melhor governador da história do estado".
"Um governo humanitário, meu grande sonho, preocupado com os últimos. Comprometido a atender bem e com qualidade os que mais necessitam de apoio do estado. Eleito governador, lutarei todos os dias da nossa administração para devolver a essas pessoas dignidade e a perspectiva de futuro", discursou Faria. A solenidade de posse começou às 17h30, com uma hora e meia de atraso em relação ao horário previsto para o início da cerimônia. O governador discursou após assinar, juntamente com o vice-governador Fábio Dantas (PC do B), o termo de posse.
Robinson abriu o discurso falando sobre a campanha que terminou com sua eleição no segundo turno em que derrotou Henrique Eduardo Alves (PMDB). Sobre as prioridades, o governador destacou educação, saúde e segurança como áreas estratégicas e interligadas.
Na educação, o governador prometeu efetivar o Plano Nacional de Educação, documento que estabelece as estratégias das políticas de educação para o Brasil pelos próximos dez anos. Robinson Faria disse que pretende manter parcerias com universidades públicas e privadas por meio de convênios. O analfabetismo, a educação infantil, o ensino profissonalizante e a valorização dos professores também foram abordados.
Na saúde, o governador citou a recuperação de 25 hospitais regionais e redefinição dos perfis das unidades de saúde, a criação de centros de diagnóstico em Natal e Mossoró, e a construção do Hospital de Traumas. "Deixando o Hospital Walfredo Gurgel apenas com urgências neurológicas e cardiológicas, e atendimento da grande demanda reprimida de cirurgias eletivas", continou Faria. Sobre a área, o governador encerrou falando sobre a valorização dos servidores estaduais em todos os níveis e em ações nas comunidades carentes.
Para a segurança, Faria voltou a falar na implantação da Ronda Cidadã. Além disso, o governador discursou sobre a humanização dos servidores da segurança, revisão do Estatuto da Polícia Militar e aparelhamento técnico da Polícia Civil e PM. "Cobrar das polícias o retorno do seu trabalho e o entusiasmo na proteção da sociedade. Havera por parte do governo uma cobrança diária e exigencia hierárquica desse trabalho, que é dever do poder público", concluiu o governador, que ainda participa do ato de transmissão do cargo.
Íntegra
Leia abaixo a íntegra do discurso:
"Brasileiros do Rio Grande do Norte,
Neste momento, a minha vida se confunde com a força de todas as minhas emoções. E lanço ao passado um olhar na busca do que aprendi na escola da vida, “onde não há férias”. Com a humildade de perceber que o maior aprendizado ainda está por vir, pedindo matrícula ao futuro. O presente é o desafio, numa hora em que a coragem e a obstinação são companheiras indispensáveis.
Nunca houve na história política do Rio Grande do Norte um candidato a governador tão abastecido de solidão.
Dos líderes consolidados, o conselho à desistência. De alguns, aliados de outras lutas, a observação deselegante de que a melhor decisão seria a fuga.
Ou então, na melhor das hipóteses, a composição servil, compondo chapa na arrumação de um acordo conveniente à manutenção dos mesmos mandatários, historicamente estabelecidos na comodidade e força do poder.
Amparado no afeto da minha família, na memória do meu pai, na colaboração dos meus fiéis aliados, a motivação que me sustenta é ser um instrumento da melhoria de vida do povo potiguar. O generoso sofrido povo, que se revestiu de esperança e me delegou a maravilhosa missão de conduzir seu destino nos próximos anos.
Ao dizer na campanha que ser o melhor governador da história do Rio Grande do Norte era minha motivação, não havia nem há nessa afirmativa qualquer sentido de presunção ou vaidade pessoal.
É a motivação que me obriga a colocar-me a serviço do povo. A ele como objeto mais que principal, pois único, a justificar essa motivação.
Mais do que o líder escolhido livremente pela vontade soberana dos potiguares, invisto-me da condição de servo do meu povo.
E é em nome dele, por ele e para ele que governarei o Rio Grande do Norte. Condição que me leva às fontes onde colhemos os conceitos de Democracia.
Venho de oito embates eleitorais, ainda não conheci, graças a Deus, o amargor da derrota.
Mesmo tendo sido preterido em várias tentativas de me expor à apreciação popular.
Não posso considerar derrotas as decisões de cúpula ou de interesse que me excluíram das disputas a que sempre me dispus, e em todas elas sempre movido pelo interesse público.
Porém, essa vitória que me trouxe à beleza e a magia deste momento não tem comparação. Ela é Ímpar em todos os ângulos. Única, na grandiosidade dos números e especialíssima nas circunstâncias que formam os conflitos políticos a sinalizar uma era nova.
Há uma explícita perplexidade a tentar entender o que houve. Ocorre que o povo de tão facilmente enganado, guarda seus segredos indecifráveis.
A resposta popular, neste pleito, que criou este momento, é uma prova desse esconderijo onde o povo surpreende os que se julgavam proprietários da sua vontade. Descobriram que possuir o destino não é o mesmo que possuir a vontade, eternamente.
O momento de reconstrução clama por decisões e atos tão urgentes que descartam ambições pessoais, mágoas ou paixões.
De tão óbvios os clamores, escancarados em todos os recantos da sociedade, que dispensam até a seletiva escolha de prioridades. Vez que cada um dos setores da vida pública acaba por ser parte da prioridade geral. E a prioridade geral é o bem estar do povo.
Não pode haver educação sem saúde, nem saúde sem segurança, nem segurança sem educação.
De tão ligados, nessa tecedura umbilical, e de tão urgentes no clamar por soluções imediatas, confundem-se em utilidade e misturam-se nas fronteiras. São anteriores ao próprio conceito de prioridade. Urdidura do organismo coletivo.
Cada um desses órgãos, componentes do organismo social, tratado especificamente com sucesso, ajudará na solução dos problemas que afligem os outros. O tratamento específico observa o órgão, o cuidado geral visa o organismo.
Na Educação; a implantação efetiva do Plano Nacional de Educação, já previsto e definido em Lei. Convocar as Universidades, públicas e privadas, mediante convênios ou outras formas legais, para compor parcerias permanentes com a gestão estadual.
Elaborar um programa de erradicação definitiva do analfabetismo. Consolidar a municipalização da educação infantil, apoiando os Municípios e fiscalizando os resultados.
Implantar no estado o programa “Brasil Profissionalizado”. Lançar e efetivar o Pronatec estadual. Convocar pais e familiares dos alunos para participarem das decisões escolares. Dignificar a atividade professoral, com salários dignos, respeito profissional e preparação acadêmica.
A situação de sucateamento das escolas não é muito diferente do quadro semelhante, na saúde. Falta de equipamentos, prédios abandonados ou caindo, professores desestimulados, alunos sem aulas.
É uma paisagem de estarrecer, exatamente onde se edifica a promoção humana. O compromisso que assumo, nesta hora, é enfrentar com coragem e inteligência o desafio de mudar esse cenário.
Na saúde; a recuperação dos hospitais regionais, vinte e cinco unidades que se encontram hoje entregues ao abandono, completamente sucateados. Recuperá-los e redefinir os seus perfis.
Criação dos “centros de diagnóstico”, inicialmente em Natal e Mossoró, com vistas a expandi-los, com o fim de desafogar as outras unidades hospitalares.
A Construção do tão sonhado Hospital de Traumas, deixando no Walfredo Gurgel apenas as urgências neurológicas e cardiológicas e o atendimento de cirurgias eletivas.
É urgente retirar dos corredores a condição degradante de enfermarias da vergonha. Valorizar e apoiar os servidores da saúde, em todos os seus níveis.
Estimular e reforçar todas as campanhas preventivas de epidemias, com recursos e convocação das comunidades, dando o exemplo para colher credibilidade.
Estabelecimento de metas que evitem as doenças, antes de sua instalação. Numa ação que integrará um conjunto obreiro, que vai do saneamento, tratamento de águas e campanhas educativas.
Atender a demanda dos carentes no caso de medicamentos caros, devidamente comprovada a carência e a prescrição médica. Não esperar pela judicialização, como ocorre hoje, com bloqueio de recursos e ocupando a justiça, já bastante ocupada e demandada.
Estimular, com a participação universitária, as pesquisas e as providências profiláticas.
Na Segurança; a implantação da Ronda Cidadã, já testada e confirmada em vários lugares do mundo. Onde não deu certo, exceção, o insucesso foi resultado de causas alheias ao espírito do programa. Humanização do servidor da segurança.
No caso dos militares, corrigir o absurdo de dez anos sem promoção. Revisão do Estatuto da Polícia Militar. Aparelhamento técnico e humano da Polícia Civil. Cobrar das polícias, após cuidar dos seus direitos legítimos, o retorno do seu trabalho e entusiasmo na proteção à sociedade.
Essa proteção é um direito inarredável do cidadão comum. Haverá, por parte do governo, uma cobrança diária e exigência hierárquica desse trabalho, que é dever do poder público.
Estabelecidas as prioridades de emergência, não descuidarei dos outros núcleos da vida em sociedade. Pois ao lado delas, não menos importantes, existem as atividades que formam, harmonizam e promovem a convivência social.
Não há sociedade livre sem cultura, turismo, lazer, esporte, vida empresarial, atividade comercial, criatividade artística. Tudo tão intrinsicamente irmanado que se configura impossível estabelecer graus de importância. São atividades vitais, que terão do meu governo a presença constante e o apoio permanente.
Declarei, na campanha, que faria um governo eminentemente técnico. Já cumpri a minha primeira palavra com o povo do Rio Grande do Norte. Porém, isso não significa desmerecer ou excluir decisões políticas. Pelo contrário, a técnica só será bem sucedida se alicerçada em decisões políticas consistentes.
A decisão política diz o que deve ser feito. A ação técnica realiza o que o tino político decidiu. O povo me delegou o poder-dever da decisão política e a responsabilidade pelo resultado técnico. É assim que será.
O turismo é fonte de renda em Natal e no interior. A natureza nos deu de presente o privilégio da paisagem que encanta e o clima que agasalha. Do mar às serras.
Os dois lados da atividade turística merecem atenção. O turista quer ser recebido com segurança, afago, acolhimento digno. O comerciante, o artista, o promotor cultural, são elos indispensáveis, na parceria com a natureza, para dar ao turista a vontade de voltar.
A Cultura na terra de Cascudo, não pode ficar na dependência da mendicância eterna. O poder estatal não faz cultura, que é obra do povo, pelo talento de sua gente, mas pode colaborar dando a essa atividade do espírito as condições de florescimento.
E aí se incluem o lazer e a diversão. Atividades da natureza artística do homem.
O esporte é o suporte da dignidade física, componente inseparável da saúde psicossocial. Corpo e mente, a contemplar a dignificação coletiva.
A atividade empresarial, numa terra pobre, precisa de apoios e incentivos. O governo estará atento às suas legítimas reivindicações no campo do exercício da vida produtiva e comercial, para que todos colham os frutos dessa convivência.
Há um velho adágio do Direito Comercial que professa: “Onde existe harmonia, há comércio. Onde há comércio, existe harmonia”.
Darei especial atenção ao estado de penúria em que vive o interior do Estado. Nas suas diversas regiões, com vocações diferentes e problemas assemelhados.
O Nordeste não pode mais ser exportador humano para o sudeste. Lá, não há mais abrigo suficiente nem para os de lá. Até a seca, companheira dos nossos atropelos, acabou de armar tenda no antigo eldorado.
Havemos, pois, que nos virar com nossos recursos, nossa criatividade e nossa força humana. Ou como diria o fabulário popular, “nos costurarmos com nossas próprias linhas”.
Urge convocar interessados e estudiosos para elaborar e executar um programa eficiente e duradouro de recuperação na vida no campo.
Sem alternativas de sobrevivência, os nascidos nas pequenas comunidades migram para a periferia da capital, das cidades médias e das cidades-polos. Num processo de inchaço que cria um ciclo vicioso que vai do desemprego à marginalidade e daí à violência.
Não há outra saída que não seja dar aos nossos irmãos do campo condições de vida digna na sua terra de nascimento, e que o resto do mundo seja apenas objeto de visita e não de fuga.
Ao reverter essa realidade perversa, as consequências do benefício serão sentidas principalmente nas cidades.
Há um sem números de pequenas e localizadas providências que poderão iniciar a reversão desse problema. Tudo dependerá da vontade política e do apoio da coletividade. Essa é uma providência com carência de ontem.
Não há desenvolvimento nem progresso econômico sem o fortalecimento das cadeias produtivas. Apoiar os investidores, garantir segurança jurídica aos investimentos realizados no estado. Promover e ampliar a geração de empregos, criando oportunidades concretas de trabalho para os potiguares. Permitir que eles possam ter um futuro digno para suas famílias.
Esse é um compromisso que perseguirei com muita coragem e determinação. Precisamos, dentro de uma grande pactuação e uma corrente de fraternidade, tirar o Rio Grande do Norte desse estado letárgico em que se encontra.
Empresários e investidores terão no governador, um parceiro permanente na busca por um estado economicamente mais forte e socialmente mais justo.
Com determinação e vontade política, vamos trabalhar de mãos dadas com os setores produtivos para tornar o nosso Rio Grande do Norte, um estado realmente competitivo.
Esse governo que ora se inicia terá como marca absoluta a eficiência, a transparência, a solidariedade e o respeito às pessoas.
Um governo humanitário, meu grande sonho, preocupado com os últimos. Comprometido em atender bem e com qualidade os que mais necessitam do apoio do Estado.
Ao percorrer o Estado durante a campanha, me deparei com situações perversas. Como o sofrimento de mães enfrentando com seus filhos nos braços longas filas por uma lata d`água. Crianças fora da escola, obrigadas a mendigar para garantir o mínimo de sobrevivência. Ou como a situação de famílias destroçadas por causa das drogas, abandonadas em sua própria sorte e sem ter a quem recorrer.
Tudo isso tocou profundamente o meu coração. E me fez, mais uma vez, jurar a Deus, que eleito Governador, lutarei todos os dias da administração para devolver a essas pessoas, a dignidade e a perspectiva de futuro.
Vamos cuidar dos mais necessitados. Cuidar daqueles que por algum infortúnio, caíram na desgraça das drogas. O crack hoje domina as cidades e o campo. É preciso combater com firmeza essa situação degradante.
Buscarei as parcerias necessárias para dotar o estado de centros de recuperação dos dependentes químicos e de apoio ás suas famílias. Vamos criar condições para que as empresas possam participar do processo de reinserção social daquelas pessoas que caíram nas drogas e conseguiram se livrar desse terrível mal.
Tenho plena consciência de que não resolveremos tudo de uma hora para outra. Mas, com certeza, vamos estruturar e consolidar os caminhos para garantir aos nossos irmãos mais carentes e desassistidos, oportunidades para que possam sonhar com uma vida saudável e, reconstruir com dignidade as suas famílias
Faremos grandes obras, não tenho dúvidas. Mas, a obra mais importante, aquela que me trará satisfação pessoal, será cuidar bem dos potiguares que clamam pela presença do estado de forma eficiente e digna.
Santo Agostinho certa vez afirmou que, “Mesmo que já tenha feito uma longa caminhada, sempre haverá mais um caminho a percorrer”. Essa mensagem sintetiza o longo trabalho que teremos pela frente na busca por um estado melhor e mais solidário para com o seu povo.
Uma palavra ao servidor público. Não pode haver boa administração sem respeito aos que prestam serviços nas atividades meio ou fim da administração pública. Vamos convoca-los ao diálogo, encontrar saídas, buscar soluções. Ao tempo em que cobraremos resultados, com vistas ao atendimento das necessidades dos companheiros do nosso trabalho.
Pretendo realizar um governo no mais rigoroso controle da legalidade. Não confundo legalidade com burocracia. Os entraves burocráticos podem e devem ser vencidos dentro da legalidade.
A burocracia não pode ser desculpa para a ineficiência. Ela é o condão da preguiça.
Exigir de um aluno que pede matrícula numa escola o seu currículo escolar é formalidade legal, não é burocracia.
Exigir de um doente, que chega às pressas para ser socorrido num hospital, os seus documentos antes de socorrê-lo, é burocracia, não é formalidade legal.
A convivência do meu governo com a Lei será tão natural quanto a legitimidade da investidura do meu mandato.
Aqui mando aos outros poderes, Legislativo e Judiciário, minha saudação de irmandade. Manteremos relações de independência, harmonia e tratamento respeitoso.
O Legislativo foi até hoje minha única morada política. Não tenho dificuldade em afirmar que minha gestão à frente da Assembleia Legislativa revolucionou as relações daquela casa com a população. Tanto nas obras de edificação do Poder Legislativo quanto na inovação das relações do Poder com o povo.
Fiz a Assembleia descer as escadas do Palácio José Augusto em busca do encontro com o povo. Sem que a Assembleia deixasse de ser a “casa do povo”, fiz com que as ruas das cidades virassem a moradia da Assembleia.
Este momento é a prova mais cabal de que o sonho é o preparador da realidade. Tivesse eu desistido do sonho, do encanto da sua beleza, pela face crua da realidade que me mostravam, este momento não estaria se consumando.
Sonhei sozinho. Agora, o sonho é da multidão.
Precisei agregar coragem ao sonho. Juntei a essas virtudes, a determinação, a humildade, a sinceridade, a lealdade, a ousadia que promovem a superação.
Só um sonhador incurável chegaria onde agora me ponho. Ao lado do povo e ao abrigo do sonho.
Mas tudo isso seria inútil se me faltasse a fé. Sou eminentemente um homem de fé. Primeiro, em Deus. Depois, no povo do Rio Grande do Norte. Só assim teci as fibras do sonho e o fiz vestimenta da luta.
Resgatei, na passagem pelos caminhos da campanha, bandeiras abandonadas. Passei a recolhê-las, lavá-las e devolvê-las ao tremular dos ventos. Sem distinção dos ranços do passado, recolhi momentos, cores e virtudes.
Banhei de vermelho a esperança abandonada; pois a paciência do povo, incansável no esperar, não distingue cores.
Prometo um governo austero, transparente, que honre a grandeza da vitória inquestionável.
A nossa decisão é fazer um governo inovador. Não apenas nas medidas administrativas. Mas nas atitudes do próprio Governador. Renunciarei a casa do governo. Numa demonstração de que o governador pode morar na sua própria casa e abrir mão das mordomias.
Vitória tão grandiosa que ainda não mereceu uma explicação sucinta do seu desfecho. Deixando perplexos cientistas políticos e analistas da mídia.
Não poderia, num momento como este, deixar de agradecer a quem sempre esteve comigo e acreditou no meu sonho. E mais do que isso, incentivou, apoiou e nunca me deixou desistir.
Agradeço em especial a minha esposa Julianne, que com sua determinação, seu carinho e seu amor, esteve sempre ao meu lado. Principalmente naqueles momentos de indefinições e angústias.
Agradeço também, ao meu filho Fábio Faria. Incansável nessa batalha, abdicou, em muitos momentos da sua campanha à Deputado Federal para cuidar da campanha do seu pai.
Ás minhas filhas Natália e Janine que se desdobraram de forma incansável na campanha, apresentando o meu nome e levando as minhas propostas ao povo em reuniões e encontros políticos.
Aos meus filhos pequenos, Maria Fernanda, Maria Luiza e Gabriel, que ainda na sua inocência compreenderam, em muitas ocasiões, a ausência do pai.
Á minha família, o verdadeiro esteio da minha vida, o meu agradecimento, o meu carinho e o meu amor.
Agradeço também aos meus companheiros de jornada. Ao meu vice-governador, Fábio Dantas, corajoso, articulador, peça fundamental em nossa vitória, ao PC do B, ao PT, uma palavra que sai do coração. O PT que deu de presente ao Rio Grande do Norte e ao Brasil a Senadora Fátima Bezerra. Meu amigo, Fernando Mineiro que engrandece o Legislativo.
Não posso deixar de agradecer também aos outros partidos que compuseram a nossa aliança: ao PP, PEN, PRTB, PTdoB e PTC. Mas quero aqui agradecer o meu partido, o PSD, que criamos com muita dificuldade. Vejo aqui o deputado José Dias, o deputado Galeno, o deputado Disson e a deputada Cristiane Dantas do PCdoB. Ao meu amigo, prefeito de Mossoró, Francisco José Júnior. Obrigado a você e o povo de Mossoró. Se não fosse essa parceria eu não seria o Governador do Rio Grande do Norte. Juntos, levamos a nossa mensagem a todos os recantos do Estado. Juntos, construímos essa histórica vitória.
Mas eu quero agradecer o partido das pessoas anônimas, as responsáveis para que eu me tornasse Governador do Rio Grande do Norte que levantaram comigo as bandeiras da coragem, da persistência e da superação.
Mas esse momento é também uma jornada de festa. Implantemos na alma o realismo da lição cristã. A serenidade, paciência, compreensão. Tudo no estuário da fé.
O sonho me trouxe aqui. A fé me levará ao encontro do destino. Ao me ajoelhar, num gesto simbólico de uma aliança íntima da minha relação com Deus, eu me pus ao amparo dos seus desígnios e ao nível de igualdade com o povo.
Serei incansável na luta pela promoção do desenvolvimento econômico, social e na construção de uma gestão que traga de volta aos norte-rio-grandenses, a honra de serem filhos desta terra tão amada.
Me inspiro no ensinamento de São Francisco de Assis quando diz que, “devemos aceitar com serenidade as coisas que não podemos modificar, ter coragem para modificar as que podemos e sabedoria para perceber a diferença”. Afinal, tudo aquilo que se compartilha se multiplica.
Que Deus guarde o governo do povo, a mim confiado por ele, e que essa confiança confirme a beleza do sonho edificado.
Com Deus no coração, fé na alma e muita vontade de acertar, vamos em frente!
Vamos à luta e vamos trabalhar pelo Rio Grande do Norte. Muito obrigado!
Robinson Faria
Fonte: G1/RN
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