terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Após tombo na véspera, Petrobras opera com forte oscilação

Papéis da Petrobras chegaram a cair cerca de 6% e, depois, a disparar 7%.
Na véspera, Ibovespa caiu 2,05% e ações da Petrobras perderam 9%.


O dia é de volatilidade na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), numa sessão marcada por fortes oscilações das ações da  Petrobras e pelo quadro de aversão a risco no exterior.
Às 14h52, o Ibovespa, principal índice da bolsa, subia 0,54%, a 47.177 pontos. Veja  cotação.
Perto do mesmo horário, a ação preferencial da Petrobras subia 4,25%, cotada a R$ 9,57 Já as ações ordinárias avançavam 4,34%, a R$ 8,89.
Os papéis da petroleira chegaram a cair cerca de 6% no início dos negócios e, mais cedo, disparavam mais de 7%. Mas as ações seguiam sendo negociadas sem tendência definida.  Veja cotação das ações
No exterior, a apreensão com a contínua queda dos preços do petróleo acentuou-se com a alta taxa básica de juros na Rússia de 10,5% para 17% para enfrentar o colapso do rublo, enquanto dados da China mostraram contração da atividade industrial.
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Arte problemas Petrobras (Foto: Editoria de Arte/G1)
Queda de 9% na véspera
Na segunda-feira (15), a Bovespa fechou em queda de 2,05%, aos 47.018 pontos, menor patamar de fechamento desde 19 de março, quando a Bolsa fechou aos 46.567 pontos.

As ações preferenciais da Petrobras perderam 9,2%, a R$ 9,18, menor cotação de fechamento desde maio de 2005. Os papéis ordinários cederam 9,94%, a R$ 8,52, mínima desde julho de 2004. Trata-se da maior queda desde o final de outubro.

As ações da Petrobras terminaram no vermelho pelo sexto pregão consecutivo, acumulando no período um declínio de 25%. No ano, a desvalorização dos papéis da Petrobras já superam os 40%.
Petrobras divulga novo comunicado 
A Petrobras afirmou nesta terça-feira que a ex-gerente Venina Velosa da Fonseca só enviou em novembro deste ano, à presidente da estatal, Maria das Graças Foster, e-mail alertando sobre irregularidades na refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, e nas áreas de Comunicação do Abastecimento e à área de comercialização de combustível de navio (bunker).

Reportagem do jornal "Valor Econômico" da última sexta afirmou que a diretoria da Petrobras já havia sido alertada diversas vezes por Venina sobre a ocorrência de irregularidades em contratos da estatal. O jornal relata que, apesar das advertências, a direção da empresa não agiu para conter os desvios bilionários e ainda destituiu de seus cargos os executivos que tentaram barrar o esquema de corrupção.

Em nota enviada nesta terça, a Petrobras afirma que os e-mails encaminhados a Graça pela ex-gerente em abril de 2009, agosto e outubro de 2011 e fevereiro de 2012, "não explicitaram irregularidades" nessas áreas.
Após a reportagem, a oposição passou a cobrar a demissão de Graça Foster.
Em reunião com a presidente Dilma Rousseff na última quarta-feira (10), a própria Graça Foster propôs a substituição dela e dos demais diretores da empresa em razão do desgaste com a crise na estatal, segundo apurou a GloboNews.
Dólar em alta
No exterior, a apreensão com a contínua queda dos preços do petróleo acentuou-se com a alta taxa básica de juros na Rússia de 10,5% para 17% para enfrentar o colapso do rublo, enquanto dados da China mostraram contração da atividade industrial.

Nesta terça-feira, o dólar operava em alta pelo 5 dia seguido, chegando ao patamar de R$ 2,74, o que favorecia as ações de empresas exportadoras.
Destaques do Ibovespa
A alta do dólar fazia as ações da Gol registrarem a maior queda do Ibovespa, de mais de 10%, apesar da nova queda nos preços do petróleo.

Na outra ponta, os papéis da mineradora Vale subiam mais de 4%.
O setor siderúrgico era destaque positivo, com Usiminas e Gerdau também em alta. Dados do Instituto Aço Brasil (IABr) mostraram mais cedo que a produção brasileira de aço bruto em novembro somou 2,772 milhões de toneladas, crescimento de 2,4% sobre o resultado de um ano antes. Ao mesmo tempo, distribuidores de aço plano do Brasil esperam alta de 2% nas vendas em 2015.
Nova carteira Ibovespa
A segunda prévia para a carteira do Ibovespa que irá vigorar de janeiro a abril de 2015 mostra um leve encolhimento na composição do principal índice da bolsa paulista frente ao portfólio do último pregão, com o total de papéis listados passando de 70 para 68 ativos.

A versão divulgada nesta segunda-feira pela BM&FBovespa com base no fechamento do dia 15 de dezembro exclui os papéis da construtora e incorporadora Rossi Residencial, da empresa de logística Cosan Log e das preferenciais da distribuidora paulista de energia Eletropaulo. Ao mesmo tempo, inclui os papéis da administradora de shopping centers Multiplan.
A nova prévia mostra crescimento na fatia dos bancos no índice, com Itaú passando para 11,237% e Bradesco subindo a 8,521%. Na carteira válida de setembro a dezembro, tais percentuais são 9,98% e 7,64%, respectivamente.
A participação das preferenciais Petrobras caiu quase pela metade, de 8,7% para 4,704%, enquanto os papéis ordinários da estatal deixam de aparecer entre os cinco maiores pesos na carteira.
Ambev e Vale também aparecem entre as cinco maiores fatias na segunda prévia para a nova composição do índice, com 7,085% e 3,815.
Fonte: G1

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