Bairro, em Natal, foi um dos mais afetados pelas chuvas no fim de semana.
Segundo levantamento, 100 famílias foram atingidas; 30 estão desabrigadas.
A quantidade de terra e escombros que deslizaram por uma das encostas de Mãe Luíza, bairro da Zona Leste de Natal - é suficiente para encher a caçamba de 5 mil caminhões. A informação é do secretário de Obras de Natal, Tomaz Neto, ao fazer uma avaliação dos estragos causados pelo temporal que assolou a capital potiguar durante este último final de semana. A região foi uma das mais castigadas. Nesta segunda (16), a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semtas) divulgou que 100 famílias foram afetadas, sendo que 30 delas estão desabrigadas. Não há registro de feridos.
Na rua Guanabara, onde a chuva abriu uma imensa cratera, parte do asfalto cedeu e deslizou barranco abaixo, duas casas foram destruídas. A água levou calçadas de várias residências, um carro, postes de energia, pedras e muita terra para a Via Costeira, principal acesso à rede hoteleira.
A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros consideram que ainda há risco de novos desmoronamentos na área e já anunciaram que entre 20 e 40 casas precisarão ser demolidas. Ainda de acordo com a Semtas, apenas duas das famílias que ficaram sem abrigo estão alojadas na Escola Municipal Santos Reis. As demais estão espalhadas em igrejas e em casas de familiares.
Dois prédios que ficam na Via Costeira, próximos à encosta onde ocorreram os deslizamentos, também tiveram que ser evacuados. A prefeitura realiza uma vistoria nas estruturas dos edifícios Aldebaran e Infinity para decidir se os moradores podem retornar aos condomínios.
Risco de vida
Mesmo interditada pela Defesa Civil Municipal, a área atingida pelos deslizamentos foi invadida por moradores na manhã desta segunda. As pessoas subiram nos escombros sem serem incomodadas. Além dos moradores, que chegaram a usar escadas para chegar às suas casas e recolher pertences deixados nos imóveis, curiosos se aglomeravam na área e escalavam para ver mais de perto os estragos do desastre ocorrido na noite do sábado (14). A Prefeitura de Natal decretou estado de calamidade pública por 180 dias devido aos deslizamentos de terra e transbordamentos de lagoas de captação registrados no fim de semana. Veja galeria de fotos eimagens aéreas do local onde houve deslizamentos.
Trégua
No final da manhã deste domingo, após mais de 50 horas, as chuvas que começaram a cair emNatal na sexta-feira (13) deram uma trégua. De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn), em 48 horas choveu mais de 330 mm na capital potiguar. A média histórica de chuvas no mês de junho em Natal, ainda segundo a Emparn, é de 284 mm. “Choveu nestes dois dias o equivalente a média histórica de todo o mês de junho”, afirmou o meteorologista Gilmar Bristot.
Calamidade
A Prefeitura de Natal decretou estado de calamidade pública por 180 dias devido aos deslizamentos de terra e transbordamentos de lagoas de captação registrados no sábado (14) e no domingo (15). O documento, assinado pelo prefeito Carlos Eduardo, foi publicado na edição desta segunda do Diário Oficial do Município (DOM).
Natal é uma das sedes da Copa do Mundo. Nesta segunda-feira, a cidade recebe a partida entre Gana e Estados Unidos, pelo grupo G do Mundial. Mesmo após mais de 50 horas de chuvas, o jogo está confirmado. A Polícia Militar orienta que os turistas que estejam na Via Costeira sigam para a Arena das Dunas usando a avenida Engenheiro Roberto Freire.
Nenhum comentário:
Postar um comentário