Retomada de negociações é condição imposta pelos servidores grevistas.
Manifestantes ocupam a casa da governadora desde a manhã de quarta.
Servidores instalaram banheiros químicos emfrente à casa (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
Os servidores grevistas da saúde que acampam em frente à casa da governadora Rosalba Ciarlini desde a manhã desta quarta-feira (21) passarão a noite no local. Com barracas e banheiros químicos instalados na rua Ministro Raimundo de Brito, os manifestantes garantem que permanecerão no local até a reabertura das negociações com o movimento grevista. Em nota, o governo repudiou e classificou o protesto como "intimidação pessoal" contra a governadora.
Após um ato conjunto com os professores estaduais nesta quarta, os servidores da saúde decidiram ficar em frente à casa oficial. O sindicato afirma que o protesto e a ocupação ocorrem porque o governo tem se recusado a negociar com os servidores em greve e tem tentado intimidar os grevistas com o corte do ponto. A medida foi anunciada na semana passada pelo secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Fonseca. A greve completou 21 dias nesta quarta.
Na nota, o governo afirma que jamais se negou a debater com as categorias do funcionalismo público, mas exige respeito. "Fazer piquete na residência oficial é muito mais do que uma provocação à pessoa da governadora e aos seus familiares. É a manifestação de uma prática intimidadora e intolerante, incompatível com o regime democrático, caro a todos os brasileiros", continua a nota."As ameaças de corte de ponto e pedido de ilegalidade da greve, são um assédio moral para forçar servidores a não aderirem ao movimento. Queremos bom senso da da governadora", afirma a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde), Simone Dutra.
Nas redes sociais foi criado um evento chamado #OcupaRosalba no qual mais pessoas são convidadas para participar do ato em frente à casa da governadora.
'Intimidação pessoal'
A manifestação foi classificada como "agressiva, intempestiva e desrespeitosa"pelo Executivo, que acusou os manifestantes de impedirem a governadora de "exercer o direito constitucional de ir e vir", diz a nota enviada pelo governo.
No fim da mensagem, o governo pede bom senso e diz estar aberto às negociações e debates. "O Governo do Estado volta a apelar para o bom senso dos grevistas e reafirma sua disposição de negociar e debater dentro dos parâmetros da transparência e da responsabilidade e, especialmente, do desejo de avançar em nome da coletividade".
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