Além da Telexfree, são investigadas BBom, NNex, Multiclick, Priples e Cidiz.
Objetivo é investigar se empresas estão atuando como pirâmide financeira.
O Ministério Público do Rio Grande do Norte vai abrir um inquérito civil para investigar a atuação de empresas de marketing multinível no estado. As empresas investigadas são Telexfree, BBom, NNex, Multiclick, Priples e Cidiz. A promotoria de Defesa do Consumidor será responsável por apurar se o funcionamento destas empresas se constitui em pirâmide financeira.
No último sábado (29), um grupo de divulgadores da Telexfree fez uma manifestação em Natal para protestar contra a decisão da Justiça do Acre de impedir as atividades da empresa no Brasil.A decisão foi tomada em reunião realizada na manhã desta terça-feira (2), em Natal, com os promotores de defesa do consumidor Alexandre Cunha Lima, José Augusto Peres e Sérgio Sena. O Rio Grande do Norte é o sétimo estado a abrir investigação sobre o Telexfree.
A Justiça suspendeu os pagamentos e a adesão de novos contratos à Telexfree, no dia 18 de junho. A decisão, que é válida até o julgamento da ação principal, sob a pena de multa diária de R$ 500 mil, foi mantida no dia 24 de junho, quando o desembargador Samoel Evangelista, do Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC) indeferiu o pedido de revisão das sentenças impetrado pelos advogados da Telexfree. A decisão deixou muitos divulgadores da empresa preocupados com o futuro e com a possibilidade de serem prejudicados por terem investido altos valores.
Empresas afirmam legalidade
Para o empresário Victor Noé, que é investidor da empresa BBom em Natal, a empresa se diferencia de outras por ter um produto qualificado. Ele se refere ao rastreador veicular comercializado pela rede de franquias Unepxmil, um dos braços do grupo Embrasystem, que criou neste ano a empresa de marketing multinível BBom. Os rastreadores em questão são alugados por uma mensalidade de R$ 80 nas lojas da rede de franquias.
O lucro dos investidores, segundo o empresário, vem da receita adquirida com os rastreadores. "Ao entrar você adquire uma microfranquia e recebe um rastreador veicular para uso pessoal e outros para serem inseridos na rede de franquias do Unepxmil, que chega a duas mil lojas no Brasil. Muitas das empresas não conseguem atingir o cliente tradicional porque ficam dentro do marketing multinível", afirma o empresário, que abriu uma franquia da Unepxmil há 15 dias na capital potiguar.
Já a empresa Priples, que também é citada pelo Ministério Público, trabalha com a venda de espaços publicitários na internet. O fotógrafo Ewerton Farias, considerado número 1 da empresa no Rio Grande do Norte, conta que trabalha na empresa para adquirir a renda complementar. "Não estamos preocupados com a investigação. Se fosse assim teriam de investigar todas as mídias sociais e sites", ressalta. Ele garante que a empresa atua de forma correta e dentro da legalidade.
"Trabalhamos com publicidade, vendendo os espaços para a divulgação de produtos. Temos o diferencial de controlar o horário em que os anúncios são publicados, possibilitando as empresas anunciantes atingirem o público alvo", diz. De acordo com Ewerton Farias, além da publicidade, a empresa está ampliando suas atividades. na internet. "Estamos com um serviço agregado de perguntas e respostas no site e pretendemos ampliar nossas atividades", conclui.
No último sábado (29), quando divulgadores do Telexfree fizeram um protesto na zona Sul de Natal, o representante comercial da empresa, Nestor Case, explicou que a manifestação foi contra a decisão da Justiça do Acre de impedir as atividades da empresa no Brasil. "Queremos o direito de trabalhar livremente. Na visão de todos, a Telexfree é uma empresa lícita, que paga seus impostos e todos os seus divulgadores".
O G1 procurou as demais empresas, mas até o fim da tarde desta terça não conseguiu contato com representantes.
Fonte: g1.globo.com
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