quarta-feira, 6 de março de 2013

Milhares acompanham cortejo fúnebre de Chávez


Apoiadores pedem que coronel seja enterrado com Bolívar. Suntuoso mausoléu foi construído no centro de Caracas, em 2011, a pedido do ditador


Milhares de pessoas acompanham cortejo fúnebre de Hugo Chávez pelas ruas da capital Caracas
Milhares de pessoas acompanham cortejo fúnebre de Hugo Chávez pelas ruas da capital Caracas - Ricardo Mazalan/AP
O cortejo fúnebre de Hugo Chávez é acompanhado por milhares de apoiadores que pedem que o coronel seja enterrado junto com Simón Bolívar, no Panteão Nacional, no centro da capital. “Chávez no Panteão, junto com Simón”, foi o grito ouvido na saída do Hospital Militar.
O ministro da Defesa, Diego Alfredo Molero Bellavia, também destacou que a Força Armada Nacional deseja que Chávez seja enterrado no Panteão. Em mais uma demonstração de que os militares vão seguir a cartilha deixada pelo caudilho, disse ainda que se considera um “apóstolo” de Chávez. “Todos somos apóstolos de Chávez”.
Declarações como a do ministro demonstram que os governistas estão inclinados a defender as bandeiras do chavismo. E também a transformar o funeral em um grande evento de propaganda para influenciar as próximas eleições presidenciais. A ida de Chávez para o Panteão já teria uma simbologia de campanha.
O suntuoso mausoléu com 50 metros de altura e revestido de cerâmica branca foi construído em 2011 por ordem do caudilho – exatamente o ano em que o câncer foi diagnosticado. O local deveria abrigar os restos do herói da independência e agora poderá receber os de Chávez. Oenterro está marcado para sexta-feira e oficialmente ainda não há informações sobre onde o mandatário será enterrado.
Velório - Por volta das 11h desta quarta-feira (pelo horário local), o caixão coberto com a bandeira da Venezuela deixou o Hospital Militar de Caracas rumo a Academia Militar, também na capital, onde Chávez será velado até o final desta semana.
O vermelho, cor que identifica o chavismo, e o verde militar predominaram nas ruas lotadas por apoiadores do coronel. A despedida começou às 8h desta quarta com uma salva de tiros de canhão em todos os destacamentos militares do país. E um tiro de canhão deverá ser dado a cada hora, até a próxima sexta.
Evo Morales, presidente da Bolívia, Cristina Kirchner, da Argentina, e José Mujica, do Uruguai,viajaram a Caracas para acompanhar o funeral. À frente do cortejo e vestindo uma jaqueta com as cores da bandeira, o vice-presidente Nicolás Maduro acompanhava o cortejo. Ele deverá ser o candidato do governo às eleições, previstas para serem realizadas em 30 dias.
Fonte: veja.abril.com.br

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