sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Aprovado em medicina, aluno de 15 tem permissão para 'pular' 2º e 3º ano


Tiago Saraiva conseguiu parecer para ser dispensado duas séries.
Normalmente, só podem cursar faculdade quem conclui o ensino médio.



Tiago fez Enem em 2012, aos 14 anos, e passou para medicina (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)Tiago fez Enem em 2012, aos 14 anos, e passou para medicina (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)



Tiago Saraiva, 15 anos, obteve na noite de quinta-feira (17) o parecer do Conselho de Educação do Ceará que permite ingresso no curso de medicina, na Universidade Federal do Ceará (UFC), no campus de Sobral, interior do Ceará. Tiago havia feito o Enem em 2012, quando tinha 14 anos, e soube da aprovação nesta semana. Na quinta-feira, ele obteve outra aprovação, que lhe permite "pular" o 2º e 3º anos do ensino médio.
"Foram muitas horas de ansiedade, disseram que o resultado [do parecer] sairia às 16h, mas demorou muito. Foi minha mãe que disse que havia sido aprovado e eu dei um pulo de alegria", conta o estudante.
Para ser dispensado de concluir o ensino médio, ele teve de solicitar ao Conselho de Educação, que, por sua vez, recomendou ao colégio de Tiago, o Farias Brito, que elaborasse uma prova. O exame foi feito em dois dias, terça e quarta-feira, e media conhecimentos aplicados dos três anos letivos do ensino médio.
Tiago ainda não sabe se inicia os estudos no primeiro ou segundo trimestre deste ano. "Vou saber quando me inscrever, dia 22, mas estou preparado", diz. Em entrevista ao G1, o diretor da escola de Tiago, Tales de Sá, chegou a recomendar que ele terminasse o ensino médio. "Eu aconselharia a ele que ele fizesse o ensino médio, para ele amadurecer sem dar saltos, mas ele gosta de desafios então temos que respeitá-lo", diz.
O estudante de 15 anos disse que consultou a família e a psicóloga do colégio. Ele chegou à conclusão de que a matrícula prematura na faculdade vai trazer mais benefícios que aspectos negativos. "A psicóloga estava com medo de que pudesse ficar isolado, de que fosse prejudicar o lado social. Não sei se isso vai mesmo acontecer, mas vou ganhar dois anos na minha vida profissional", diz. "Acho que tenho um grau de maturidade para tomar essa decisão", completa.
Fonte:g1.globo.com

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