quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Haddad cresceu sem tirar de Ciro


Até aqui, Haddad não precisou tirar de Ciro para crescer 15 pontos de 20 de agosto para cá, segundo o Ibope. O gráfico de Ciro é uma linha praticamente reta desde então: tinha 9% e agora tem 11%, dentro da margem de erro. Haddad também não tirou de Marina, que nesse período caiu de 7% para 6%, dentro da margem de erro.
Haddad cresceu de 4% para 19% tirando votos de "brancos e nulos" que estava em primeiro lugar, com 29% e caiu 15 pontos, exatamente os mesmos 15 pontos que Haddad ganhou. Ainda tem 14% nesse nicho para ele conquistar. E seu adversário também, é claro.
Bolsonaro também não tirou de Alckmin para crescer 8 pontos no período, de 20% para 28%. Alckmin não saiu dos 7%. O mais provável é que tenha conquistado 5 pontos de "não sabe em quem votar", que caiu de 12% para 7% e, dentro da margem de erro, aparece subindo 8 pontos.
Ou que tanto Haddad quanto ele se beneficiaram dos dois itens, em proporção desigual a favor de Haddad, que dos 20 pontos disponíveis ficou com 15.
Há, portanto, ainda em disputa uma cesta com 14 pontos de "brancos e nulos" e 7 de "não sabe em quem votar" que dificilmente irão para Alckmin, Ciro ou Marina. Os indecisos tendem a votar em que está nos primeiros lugares: Haddad e Bolsonaro.
Somente depois de esgotarem esse volume morto – que tem limite, não se sabe qual, mas nulos e brancos dificilmente ficam abaixo de 10% - Haddad e Bolsonaro vão passar a tirar votos dos adversários de seu campo, se os eleitores de Ciro e Marina e de Alckmin, Álvaro Dias e Meirelles decidirem pelo voto útil já no primeiro turno.
A pesquisa mostra que Ciro não precisa bater em Haddad. Não é ele quem breca seu crescimento e sim dois fatores fundamentais numa eleição presidencial que lhe fazem falta. Um grande partido – o seu não tem capilaridade, nem bancada, nem expressão nacional - e tempo de TV suficiente para comunicar suas propostas e familiarizar o país com Ciro.
Fonte: www.brasil247.com

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