Edson Fachin segue em seu papel de “lebre esperta” e não demorou mais que algumas horas para “dar um jeito” no agravo com que a defesa de Lula pedia que o ex-presidente fosse, como estava previsto, julgado pela 2ª Turma do STF, onde teria mais chances de ser libertado provisoriamente ou, no mínimo, colocado em prisão domiciliar, o que permitiria, em parte, romper o isolamento a que está submetido em Curitiba.
Poderia recusar o agravo e sofrer recurso ou, como seria normal, submetê-lo à Turma. Fez, porém, uma “tabelinha” de conveniência com Cármem Lúcia e o enviou a plenário, pedindo antes o parecer da Procuradoria Geral da República, com 15 dias de prazo para que seja apresentado.
Como só há mais uma semana de funcionamento do STF antes do recesso de julho – sim, como os escolares, suas excelências têm férias de “meio de ano” – só a partir de agosto a Presidente do Supremo poderá, quando lhe convier, colocar o assunto em pauta.
Já teremos, então, o processo eleitoral aberto, as candidaturas em registro e os candidatos definidos formalmente.
Com Lula na cadeia.
Assim, procrastinando, como fazem há meses e “escolhendo” a composição dos julgadores, os “éticos” do STF vão fugindo de desfazer o absurdo jurídico que é executar antecipadamente uma pena no mínimo polêmica de alguém que não foge da Justiça – mesmo do arremedo de Justiça que se lhe oferece – e não oferece perigo algum – exceto o “perigo político” – à sociedade.
Lula pede para ser julgado de acordo com a lei vigente, mas os juízes covardes que o têm nas mãos preferem usar a manipulação do tempo judicial como “argumento”.
Afinal, como se sabe, a covardia é a marca dos canalhas.
Fonte: http://www.tijolaco.com.br
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