Para o Tesouro Nacional, estado tem pouca capacidade financeira para pagar financiamentos. Governo buscava recursos na Caixa e no Banco do Brasil.
Governadoria do Rio Grande do Norte (Foto: Rayane Mainara)
As negociações de empréstimo entre bancos federais e o governo do
Rio Grande do Norte estão suspensas pelo menos até julho, de
acordo com informações do próprio gabinete-civil do estado. É
que, para o Tesouro Nacional - órgão do governo federal - o estado
tem pouca capacidade de pagamento e endividamento. Quase
R$ 1,55 bilhão eram esperados. O estado já tinha inclusive leis
estaduais que autorizavam as transações.
As informações foram confirmadas pela secretária Tatiana Mendes
Cunha do Gabinete-Civil. Os empréstimos previstos eram dois:
um de R$ 850 milhões, pelo Banco do Brasil, e outro de R$ 698 milhões
com a Caixa Econômica Federal, aprovado pela Assembleia Legislativa
no ano passado 2017.
De acordo com Tatiana, o governo federal considerou que o estado
tem baixo endividamento, porém não tem capacidade e
disponibilidade de dinheiro em caixa para pagamento de empréstimos.
Um dos fatores que pesa contra, por exemplo, é a dificuldade de
depositar em dia os salários dos servidores estaduais. Desde 2016,
a folha é concluída com atraso.
Os empréstimos a estados da federação precisam de autorização do
Tesouro. Em janeiro, técnicos do governo federal estiveram em missão
no RN para coletar informações e dados e elaborar relatório sobre a
situação fiscal potiguar. Uma análise preliminar evidenciava "um
cenário de deterioração fiscal do Estado".
"Um dos requisitos para liberar empréstimo, é a certidão do Tribunal de
Contas atestando que estamos abaixo do limite prudencial no
gasto com pessoal. Essa certidão não é fornecida pelo TCE há muito
tempo. Em que pese o Estado entender que está enquadrado aos
limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, o TCE tem posicionamento
contrário", acrescentou a secretária.
Ela ressalta que o Tesouro Nacional melhorou a classificação de
capacidade de pagamento do Estado, mas suspendeu até julho
qualquer discussão de novas operações de crédito.
Fonte: g1.globo.com
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