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Dilma em entrevista a TV Brasil 47
Logo no início de sua entrevista exclusiva à TV 247, a presidente deposta pelo golpe, Dilma Rousseff, destacou a importância de se anular o processo de impeachment que a tirou do poder e afirmou que "a Justiça tem que se pronunciar e analisar" o recurso apresentado ao Supremo Tribunal Federal por seu advogado no processo, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.
"Eu acredito que a questão não é de esperança, é de Justiça. Porque esse padrão de corrupção em que se compra votos para aprovar um impeachment ou para aprovar a impunidade, como é o caso de alguns relatórios que a imprensa faz sobre compra de votos, é um padrão do Temer. Esse padrão foi adotado de forma clara no meu impeachment como está comprovado não por um só, mas por vários relatos", declarou Dilma. "E esse era de fato o padrão do Eduardo Cunha na formação da maioria parlamentar que ele construiu na Câmara dos Deputados", completou.
No último dia 11 de outubro, manifestantes foram à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, protestar pela anulação do golpe pelo STF e pela volta de Dilma, o movimento chamado de #AnulaSTF. Em vídeo, Dilma agradeceu aos "guerreiros".
Na entrevista, Dilma expôs ainda o que chamou de "quadro terrível" no cenário político atual. "É legal no Brasil ter um presidente que está sendo são e salvo, junto com o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Estão comprando a sua impunidade. E ao mesmo tempo você tem, de outro lado, uma presidenta que não tem acusação de corrupção, que não praticou nenhum ato que caracterize crime de responsabilidade", comparou.
"Ela, portanto, por não ter maioria parlamentar, por não ter comprado nem vendido votos, ela pode ser afastada. E isso está em contradição visível e clara com o outro fato", completou.
Para Dilma, "a Justiça tem que se pronunciar, tem de analisar" o recurso apresentado contra o impeachment. "Então eu reconheço a importância que faça justiça, não só pelo mandato, mas sobretudo em respeito à democracia e às instituições desse País", finaliza.
Confira este trecho de sua fala:
Brasil 247
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