sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Nova denúncia contra Temer pode estremecer ainda mais governo


Reprodução da Internet
 
 


Para a vice-líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a chegada da nova denúncia é apenas uma questão de tempo, e, da próxima vez, Temer estará ainda mais enfraquecido. 

“Virão novas denúncias e delações. Dificilmente sairemos dessa pauta confusa. Diante disso, nossa perspectiva é montar um QG de articulação política aqui dentro do Congresso e com as ruas. A sociedade precisa voltar a se mobilizar. Agora temos um mapa dos apoiadores de Temer. Então, a sociedade precisa pressionar cada parlamentar para que numa segunda votação a gente mude o cenário. Ficou explícito para a sociedade que este é um governo que compra e vende votos e não podemos mais permitir a continuidade disso”, diz a parlamentar.

Segundo informações divulgadas pela imprensa, a nova denúncia promete ser ainda mais devastadora que a primeira. Além de obstrução de Justiça, Temer também é apontado como chefe de organização criminosa em um dos quatro inquéritos do chamado “quadrilhão”, resultante de desmembramento da Operação Lava Jato.

No dia em que aliados livravam o peemedebista da primeira denúncia, Janot pediu ao Supremo Tribunal Federal que incluísse o nome do presidente no rol dos investigados em um inquérito já instaurado contra 15 parlamentares do PMDB da Câmara. Janot solicitou ainda que os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência, escudeiros de Temer, sejam investigados no mesmo processo.

Com o pedido, feito após uma solicitação da Polícia Federal, Janot procura um atalho para vincular relatos das delações da JBS sobre a atuação de Temer à frente do PMDB da Câmara com as investigações já em curso contra políticos e operadores do grupo, entre eles o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o doleiro Lúcio Funaro, o líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE), e o lobista Fernando Baiano.

O inquérito em curso está relacionado com parte das delações da JBS que apontam para a atuação do grupo de Temer em desvios no Fundo de Investimentos do FGTS, representado pela Caixa Econômica Federal.

No entanto, neste caso, Temer não deve ser denunciado imediatamente pelos crimes imputados ao grupo. Pela lei, um presidente não pode ser responsabilizado por crimes anteriores ao mandato. Neste caso, a denúncia seria reformulada quando ele deixar o cargo.

Investigadores entendem que os indícios recolhidos ao longo de várias frentes da Lava-Jato colocam Temer e Cunha no topo de uma estrutura de corrupção que se mantém no poder ao longo dos últimos governos da história recente do país.



 Do Portal Vermelho, com agências

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