quarta-feira, 19 de julho de 2017

Meirelles fracassa e governo deve anunciar aumento de impostos



 
 




















De acordo com a jornalista Miriam Leitão, em entrevista ao seu programa na GloboNews que vai ao ar na noite desta quarta (19), Meirelles "se mostrou propenso a ampliar tributos", decisão que seria anunciada na quinta. 

Segundo Miriam, as contingências no Orçamento estão atrapalhando o funcionamento da máquina e setores da administração pública emitem sinais de paralisia. 

"Ajuste fiscal a gente sabe que é importante, mas o governo tem que continuar funcionando", teria dito Meirelles, que até então apontava o corte de despesas como remédio para todos os males da economia. O ministro reconhece, assim, que sua estratégia fracassou, uma vez que a arrecadação não se recuperou e tampouco a retomada do crescimento aconteceu.

Vale dizer que o ministro foi o maior defensor da Emenda Constitucional que estabeleceu um limite para o aumento dos gastos públicos. Tal medida obrigou o achatamento da dotação orçamentária para diversas ações importantes. O exemplo que ganhou destaque na imprensa nos últimos tempos foi a da suspensão da emissão de passaportes, por falta de recursos. 

Apesar do discurso da austeridade e da tesourada em áreas importantes - os investimentos tiveram a maior retração em dez anoz - o governo tem um rombo de aproximadamente R$ 10 bilhões para cobrir no Orçamento de 2017. Para garantir a meta fiscal de déficit de R$ 139 bilhões deste ano, pode recorrer à alta de tributos.

Reportagem do Estadão Conteúdo aponta que a opção preferida da Receita é elevar a tributação sobre combustíveis ou por meio do PIS/Cofins ou da Cide.

Também segundo matéria da Reuters, a alíquota do PIS/Cofins sobre a gasolina deve ser elevada, bem como a do Imposto de Importação sobre o combustível, mas esta apenas "um pouco". 

Apesar de vários economistas terem avisado que o ajuste fiscal levado adiante pela gestão aprofundaria  a recessão, com impacto negativo sobre a arrecadação, o governo ignorou os alertas e agora corre atrás do prejuízo.

Só agora a avaliação da gestão é de que há riscos de frustração de receita. A administração Temer-Meirelles prevê que não conseguirá as verbas esperadas no programa de repatriação de recursos não declarados ao exterior, no Refis (parcelamento de débitos tributários) e na reoneração da folha de pagamentos.



Do Portal Vermelho, com agências

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