Antonio Candido morreu aos 98 anos, nesta sexta-feira (12), em São Paulo
Morreu nesta sexta-feira (12), em São Paulo, Antonio Candido, um dos maiores sociólogos e críticos literários do país. Neste momento conturbado da política nacional, o Brasil perde um dos intelectuais que muito contribuiu com a defesa das liberdades democráticas.
Antonio Candido foi professor de Literatura na USP, entre suas muitas obras, destaca-se a Formação da Literatura Brasileira (1959), na qual estuda os momentos decisivos da formação do sistema literário nacional.
Ao lado de outros intelectuais, como Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), participou da fundação do PT, em 1980. Entre os prêmios que recebeu estão o Camões, em 1998, e o Prêmio Internacional Alfonso Reyes, no México, em 2005.
Candido foi casado com Gilda de Mello e Souza, professora de Estética no Departamento de FFLCH-USP, que morreu em 2005. Ele deixa as filhas e também professoras de História da USP Laura de Mello e Souza e Marina de Mello e Souza.
O intelectual nasceu no Rio de Janeiro, em 24 de julho de 1918, e durante a infância não frequentou a escola, foi educado em casa pela mãe professora. Em 1937 ingressou na universidade nos cursos de Direito e Ciências Sociais da USP. Oito anos mais tarde, em 1945, tornou-se livre-docente de literatura brasileira e em 1954 doutor em Ciências Sociais.
Em 1974, passou a ser professor titular de teoria literária e literatura comparada da USP, cargo em que se aposentou em 1978. Além da destacada Formação da Literatura Brasileira, destacam-se seus estudos sociológicos sobre o “caipira paulista e sua transformação” em Os Parceiros do Rio Bonito (1964).
A notícia foi divulgada pela família, que não revelou a causa da morte do intelectual de 98 anos. O velório acontece até as 17 horas no hospital Albert Einstein, na capital paulista.
Do Portal Vermelho
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