A ex-presidenta da Argentina Cristina Kirchner visitou o Instituto Lula nesta sexta-feira (9), em São Paulo, onde se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois falaram sobre a atual situação da América Latina e dos países que já presidiram.
Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Prefeitos, secretários e deputadas argentinas ao lado de Lula pedem a libertação da deputada do Parlamento Mercosul Milagro Salas
Lula disse que se reunir com Cristina é “reviver um bom momento da história política da América do Sul e das relações entre Brasil e Argentina” e lamentou que agora as duas nações tenham governantes que não entendem a importância da integração latino-americana: “são pessoas que tem uma visão muito subordinada à política americana”.
Cristina concordou e disse que estar com Lula é “estar com os melhores anos da nossa região” e que eles seguirão conversando pelo bem da América do Sul e da América Latina.
Lula entregou a Cristina o livro recém-lançado "O caso Lula - a luta pela afirmação dos direitos fundamentais no Brasil", organizado pelo advogado Cristiano Zanin Martins, a advogada Valeska Teixeira Zanin Martins e por Rafael Valim, professor da PUC-SP.
Cristina está no Brasil para participar de um ato com a ex-presidenta Dilma Rousseff na noite desta sexta-feira em São Paulo.
Delegação argentina
Além de Cristina, Lula recebeu também uma delegação de três prefeitos, quatro deputadas nacionais e secretários argentinos. O ex-presidente questionou as deputadas sobre a composição no parlamento e se entusiasmou ao saber que 35% de mulheres o compõe. "Ainda somos poucas, queremos mais", disse a deputada nacional, Juliana Di Tullio.
Lula falou um pouco sobre a situação política no Brasil e comparou com a Argentina. "Estamos vivendo um processo político e não jurídico. E o que está acontecendo aqui, é o mesmo que está acontecendo na Argentina, querem destruir tudo que conquistamos nos nossos governos".
#LibertenAMilagro
Milagro Sala, líder Tupac Amaru, deputada do Parlamento do Mercosul e ex-deputada regional na Argentina foi presa no dia 16 de janeiro deste ano por participar de um acampamento em protesto contra o governador da província de Jujuy. Desde então, ela está presa.
O juiz do primeiro caso determinou sua soltura em 29 de janeiro, mas no mesmo dia ela recebeu nova acusação e seguiu na prisão. Em 28 de outubro, o Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária do Conselho de Direitos Humanos da ONU considerou que a prisão de Milagro Sala foi arbitrária e solicitou sua libertação. Em 2 de dezembro foi a vez da Comissão Interamericana de Direitos Humanos pedir que o governo argentino ratificasse a decisão anterior da ONU.
Fonte: Portal Vermelho
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