O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reforçou nesta terça-feira (15), após evento em Brasília, a autonomia da Polícia Federal (PF) ao investigar de políticos em escândalos de corrupção. Ele disse que a PF não vê cores partidárias e que “todos têm que ser investigados”.
“Está se investigando tudo e todos que precisam ser investigados. Pouco importa o partido. Pouco importa se pertence ao PT, ao PMDB ou à oposição. Todos têm que ser investigados. Não há ninguém que está acima da lei, embora algumas pessoas se julguem acima dela”, disse o ministro.
A fala de Cardozo foi uma resposta ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Em entrevista no início da tarde, Cunha acusou o governo de “buscar o revanchismo”. A Polícia Federal cumpriu, na manhã de hoje, mandado de busca e apreensão na casa do presidente da Câmara no âmbito da Operação Lava Jato. Os mandados também foram cumpridos na residência de Cunha no Rio de Janeiro.
Cunha ainda questionou a viagem de Cardozo a Curitiba na semana passada. Ele chamou de “coisas muito estranhas” o fato do ministro ter ido à capital paranaense à noite, depois das 22h. “Acho que a imprensa deveria perguntar o que foi fazer o ministro Cardozo em Curitiba, em reuniões de madrugada na semana passada. São coisas muito estranhas que acontecem com esse governo e que a gente precisa desnudar isso”.
Cardozo rebateu o presidente da Câmara. Disse que foi a uma reunião registrada em sua agenda oficial com o secretário de Segurança Pública do Paraná, acompanhado por autoridades da PF e da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Explicou ainda que estava em reunião com Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, o que atrasou a sua ida à Curitiba.
O ministro ainda disse ao presidente da Câmara para ele “ficar tranquilo”, pois não foi ao Paraná para esconder contas no exterior. “O presidente da Câmara pode ficar absolutamente tranquilo. Eu não fui a Curitiba esconder bens ou tentar ocultar bens ou contas no exterior, porque não as tenho. Fui tratar do meu trabalho, da minha atividade como ministro e isso foi registrado publicamente na minha agenda”.
Fonte: novojornal.jor.br/
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