Procuradoria alega uso de servidores em campanha eleitoral.
Jurídico diz que aguarda notificação para apresentar defesa.
Em mais um processo, a Procuradoria Regional Eleitoral da Paraíba (PRE-PB) pede a cassação do governador reeleito Ricardo Coutinho, em ação ajuizada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB) nesta quarta-feira (17). Segundo o Ministério Público, houve conduta vedada pelo uso indevido de prestadores de serviço durante a campanha eleitoral deste ano.
Na própria quarta-feira, a PRE já tinha protocolado uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) por abuso de poder político e econômico nas Eleições de 2014.
O coordenador jurídico da coligação 'A Força do Trabalho', Fábio Brito, informou que não foi notificado da decisão. "Não conheço o teor da peça ainda, vou aguardar ciência para poder tomar as providências da defesa", frisou.
O pedido envolve ainda a vice-governadora eleita Lígia Feliciano e a gerente da 3ª região de ensino, da Secretaria de Estado da Educação, Francisca Henriques. Segundo a PRE-PB, a gestora da educação "conclamou prestadores de serviço a apoiarem reeleição do então candidato a governador, a fim de garantir manutenção dos empregos".
A representação alega que está configurada a prática de conduta vedada pela legislação eleitoral, consistente no uso de servidor ou empregado da administração pública em atividades para campanha eleitoral durante o horário de expediente normal.
Segundo a PRE-PB, os fatos revelam o uso da estrutura do governo da Paraíba em benefício da reeleição do atual governador, com a participação de seus representantes. As investigações foram iniciadas a partir de denúncia feita pela Coligação 'A Vontade do Povo'.
Para o procurador eleitoral Rodolfo Alves Silva, "sem dúvida alguma, conduta como a ora descrita tende a afetar a igualdade de oportunidades entre os candidatos no pleito eleitoral, especialmente por ter sido realizada em evento no mês de outubro, durante a campanha eleitoral. A situação de ilícita vantagem em relação aos demais concorrentes ao pleito é, pois, evidente".
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário