Três jovem foram executados na madrugada deste sábado (23) em Natal.
Perícia revela que foram usadas pistolas de uso restrito das forças armadas.
“Os três morreram deitados no chão, de costas e com as mãos na nuca”, revelou o delegado Aldo Lopes sobre a forma como foram assassinados os três jovens encontrados na madrugada deste sábado (23) dentro de uma pequena casa na Vila Paraíso, no bairro de Igapó, em Natal. As vítimas foram executadas com tiros na cabeça. Peritos do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) encontraram munições de pistolas calibres 9 milímetros (de uso exclusivo do Exército) e de ponto 40 (restrito das polícias Civil e Militar). Aldo é um dos titulares da Delegacia de Plantão que atende a zona Norte da cidade, unidade policial responsável pela abertura do inquérito que vai investigar o triplo homicídio. O caso será remetido para a 9ª Delegacia de Polícia.
Antes de enviar o relatório, o delegado revelou ao G1 detalhes do que foi registrado sobre o crime. “Os agentes que atenderam a ocorrência nos repassaram que uma testemunha presenciou quando um homem, usando um alicate, quebrou o cadeado que dá acesso à vila, passou aguachado pelo beco e assobiou para outros dois homens entrarem. Todos estavam encapuzados”, contou.
Também consta no relatório, que o crime aconteceu por volta das 2h. De acordo com o depoimento da adolescente que foi trancada em um banheiro pelos criminosos, ela estava deitada na cama com o companheiro, identificado como Felipe Barbosa Pinheiro da Silva, de 20 anos, quando foram acordados com o barulho da porta sendo arrombada. Os outros dois jovens assassinados, que ela disse conhecer apenas pelos apelidos de 'Suricato' e 'Chucky' (nome do boneco diabólico do filme Brinquedo Assassino), estavam em outro cômodo da residência.Ainda de acordo com o delegado, os suspeitos arrombaram a porta da residência onde estavam as vítimas e dentro do imóvel mataram os três rapazes.
“Ela disse que o companheiro e os outros dois foram obrigados a deitar com a barriga no chão e colocar as mãos na nuca. Ela não viu eles serem mortos porque foi trancada no banheiro, mas ouviu os disparos”, contou Aldo. “Foi nesta posição, deitados com as costas para cima e com as mãos na cabeça que os coprpos foram encontrados. Está claro que eles foram executados”, ressaltou.
Após os disparos, os criminosos fugiram. A adolescente não soube dizer como eles escaparam, ou seja, Se fugiram a pé ou se utilizaram algum veículo para deixar a vila. Ela também disse que, em razão de os homens estarem encapuzados, não conseguiu identificar nenhum dos suspeitos.
A polícia trabalha com a hipótese de acerto de contas, em razão de um suposto envolvimento das vítimas com o tráfico de drogas. “Uma das testemunhas contou que a casa deles era bastante frequentada. Muita gente entrava e saía em diferentes horários, o que leva a crer que o local funcionava como uma boca de fumo”, acrescentou o delegado.
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