Abono salarial ou pagamento mensal da Gratificação de Mérito Educacional. Estes foram os únicos itens ligados aos funcionários das escolas que o Governo do Estado aceitou tratar com o Sinte-RN durante a greve. Mesmo concordando com a proposta, a Secretaria de Educação transferiu a responsabilidade para a Secretaria de Administração e Recursos Humanos, por entender que o assunto não é de sua competência.
Diante disso, a direção do Sinte-RN vai buscar a Secretaria de Administração a partir da próxima segunda-feira(02). O objetivo é pressionar o Governo pelas medidas emergenciais na GME ou através de abono, já que diante da quebradeira do Estado, o Governo proibiu qualquer tipo de reajuste salarial.
Segundo a coordenadora geral do Sinte-RN, professora Fátima Cardoso, durante a greve o Sindicato manteve a proposta dos funcionários o tempo todo na mesa de negociação. “Em todas as oportunidades chamamos atenção para a pauta dos funcionários, mas a Secretaria de Educação se recusa até mesmo a falar no assunto. Seria preciso uma intensa participação da categoria para revertermos plenamente essa situação”, avalia Fátima Cardoso, coordenadora do Sindicato.
Contudo, a recém-encerrada greve mostra uma realidade bem distante do objetivo da coordenadora geral. A adesão foi muito baixa. O funcionário da escola João Tibúrcio, Sebastião Izidrio, foi um dos poucos a entrar em greve e participar das mobilizações. Ele avalia que a paralisação atingiu no máximo 10% do segmento.
O diretor de comunicação do Sinte-RN, Ionaldo Tomaz lamenta a baixa adesão ao movimento. “Em lugar nenhum do mundo direção de sindicato sozinha tem força contra o patrão. Sem a pressão da categoria unida, ficou fácil para Rosalba virar as costas para a proposta de Plano de Carreira dos funcionários”, avalia Ionaldo.
Mas a direção do Sindicato acredita que essa situação possa ser revertida. Segundo o coordenador José Teixeira, o Sinte-RN vai continuar mobilizando e buscando conquistas para os funcionários. “Acreditamos que poderemos arrancar conquistas através da força natural do Sinte-RN, que é hoje o maior Sindicato do Estado. É certo que sem o necessário apoio dos companheiros funcionários não serão as conquistas que sonhamos, contudo acreditamos que essas vitórias serão motivadoras para chegarmos ao nível de mobilização que almejamos”, explica Teixeira.
Fonte: www.sintern.org.br
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