Operação Hecatombe foi deflagrada nesta terça (6) pela Polícia Federal.
Segundo comandante, PM abrirá processo administrativo contra policiais.
Policiais militares presos pela Polícia Federal entre a madrugada e a manhã desta terça-feira (6) na Grande Natal devem ser expulsos da corporação, caso os crimes de que são suspeitos sejam comprovados. A informação foi confirmada pelo comandante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel Francisco Canindé e Araújo Silva. “Serão abertos processos administrativos contra eles para que isso seja apurado”, afirmou.
A operação foi denominada 'Hecatombe', em referência ao sacrifício coletivo de muitas vítimas, foi deflagrada na madrugada desta terça. Segundo a assessoria de imprensa da PF, 21 mandados de prisão, 32 de busca e apreensão e nove de condução coercitiva - quando a pessoa é levada para prestar depoimento – foram cumpridos. O comandante afirmou que a Polícia Militar não sabe quem são os presos.
Os policiais que tiverem menos de dez anos sofrerão um processo administrativo o disciplinar. Os que tiverem mais de uma década na corporação passarão pelo Conselho de Disciplina. “Na PM eles responderão administrativamente. Seus atos serão julgados pela Justiça”, concluiu.A PM deverá solicitar documentos para abrir o processo administrativo. “Nós vamos solicitar cópias da representação do delegado e cópias dos mandados. Em posse desses documentos, os processos administrativos serão instaurados”, revelou Francisco Araújo.
Hecatombe
A Polícia Federal realizou uma operação nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (6) com o objetivo de desarticular um grupo de extermínio composto por policiais militares e civis suspeitos de crimes de homicídio na Grande Natal.
A operação abrange os municipios de São Gonçalo do Amarante, Parnamirim e Cerro Corá. Ao todo, participaram da ação 215 policiais federais, sendo que 30 deles são do Comando de Operações Táticas Especializado em Operações de Alto Risco, de Brasília.
Segundo a Polícia Federal, as investigações encontraram provas do envolvimento do grupo de extermínio em 22 homicídios consumados e em outras cinco tentativas de assassinato.
Ainda de acordo com a polícia, os motivos das execuções eram os mais variados e iam desde crimes encomendados, disputas pelo controle de pontos de venda de drogas, brigas, discussões e até mesmo a queima de arquivo com a eliminação das testemunhas dos crimes.
Alguns dos investigados possuem antecedentes por homicídio. Um dos suspeitos já foi preso em posse de diversas armas de fogo, supostamente utilizadas nos assassinatos.
Todos os presos devem responder por crimes de homicídio qualificado praticado por grupos de extermínio e constituição de grupo de extermínio. As penas máximas dos crimes cometidos pelos principais integrantes do grupo podem chegar a 395 anos de prisão.
A operação contou com o apoio da Coordenação de Inteligência da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social do RN.
Fonte: g1.globo.com
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