Eliezer de Melo sofre de azoospermia, mas não desistiu de ter filhos.
Antes dos trigêmeos, ele adotou um menino deixado na porta de casa.
Nem mesmo problemas de fertilidade fizeram o funcionário público Eliezer Cosme de Melo, de 49 anos, desistir do plano de ser pai. Presenteado pela solidariedade e com a ajuda da medicina vieram quatro filhos. O primeiro, Mateus, de 19 anos, foi deixado recém-nascido com o funcionário público. Já Lucas, Tiago e Alice, todos de 7 anos, são trigêmeos. Eles chegaram depois que Eliezer tentou por dez anos engravidar a mulher em procedimentos de inseminação artificial. "De muitas decepções fizemos uma última tentativa", diz Eliezer
Acometido por azoospermia - deficiência na produção e qualidade de espermatozóides - Eliezer tentou sem sucesso ter filhos com a primeira mulher. Quando Mateus foi deixado recém-nascido na frente da casa, ele não pensou duas vezes e iniciou o processo para obter a guarda da criança. Um ano depois veio a separação da mulher, que deixou o funcionário cuidando sozinho do filho.
Nessa época conheceu no trabalho Roseane Pereira da Silva, 41 anos. Era o início de uma nova história de amor, tanto para Eliezer, quanto para Mateus. "Nos primeiros meses ele já chamava Roseane de mãe", conta. "Mateus nos acompanhou até na lua-de-mel", lembra o funcionário público, que iniciava ali mais uma vez a luta para ter filhos.
Foram dez anos tentando inseminações artificiais. Roseane entrou em depressão. "Pensava que já havia sofrido muito. Disse que podíamos entrar para a lista de adoção, mas ele quis tentar mais uma vez. Avisei que era a última mesmo", explica a mulher. O casal topou e em 2005 veio a resposta aguardada por Eliezer e Roseane.
"Quando apareceram os três corações na ultrassonografia Roseane ainda perguntou: 'Doutor, procure aí se não tem mais'", afirma. Os corações pertenciam a Lucas, Tiago e Alice, dois homens e uma mulher, como o agora irmão mais velho havia pedido tempos antes. "Entre as nossas tentativas, lembro que Mateus dizia que queria três irmãos, uma menina e dois meninos", diz.
Como pai, Eliezer conta que sempre busca participar ao máximo da vida dos filhos. Roseane confirma. "Quando estava tendo problemas para amamentar, ele passava o dia inteiro fora de casa em busca dos bancos de leite. Pedi para ele parar", afirma. No dia a dia, o funcionário público leva as crianças a escola e, como trabalha apenas meio expediente, procura sempre estar junto dos filhos.
Fonte: g1.globo.com
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