Protestos tomaram as ruas de várias cidades do país.
Assunto dividiu sociedade francesa, com protestos contra e a favor.
Depois da aprovação pelo Parlamento do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e a adoção por casais homossexuais nesta terça-feira (23), os franceses enfrentam um clima de tensão em várias partes do país.
Do outro lado, a determinação em lutar contra a lei continua. 'Se alguns pensam que acabou, vamos mostrar que não acabou', lançou a líder de um dos principais movimentos contra o casamento gay, Frigide Barjot, à frente de uma multidão no centro de Paris. Após um minuto de silêncio, os manifestantes retomaram seus slogans, como 'Hollande, o inimigo da família'.No início da noite, manifestações organizadas por partidários e opositores da lei tomaram as ruas de toda a França. Nas proximidade da prefeitura de Paris, personalidades políticas da esquerda marcharam ao som de 'obrigado, obrigado, obrigado' de manifestantes em êxtase.
Em Lyon, quinze manifestantes opostos ao casamento homossexual foram detidos após incidentes com a polícia.
O presidente François Hollande deve ainda promulgar o texto que permitirá a realização das primeiras uniões ainda neste verão. O governo espera que a aprovação deste projeto de lei dissipe a crise provocada pelo tema, que foi uma das principais promessas da campanha do presidente.
Mas a oposição de direita, que se alinhou de forma quase unânime contra este projeto, e os detratores do casamento gay, que foram às ruas expressar sua desaprovação, alertaram que não vão parar de protestar. A oposição prometeu apresentar um recurso ante o Conselho Constitucional contra esta lei, que também autoriza a adoção por parte de casais de mesmo sexo.
A tensão que precedeu aos debates parlamentares continuou até o fim. Dois manifestantes tentaram hastear uma bandeira no espaço reservado ao público antes de serem evacuados, enquanto outros opositores protestaram na rua do lado de fora da Assembleia Nacional. Uma manifestação nacional está prevista para 26 de maio.
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