Desafios para o próximo presidente são enormes, segundo analistas.
Eleição que elegerá próximo presidente ocorrerá neste domingo (14).
Com uma economia em colapso, uma das mais altas taxas de criminalidade do mundo e grande endividamento público, aVenezuela bolivariana pós-Hugo Chavez será um grande desafio para o vencedor das eleições do próximo domingo (14). Com a morte do líder que governou o país por 14 anos e transformou desde a moeda até o fuso horário da nação, caberá ao próximo presidente resolver problemas urgentes - embora em um país menos pobre, legado mais precioso do chavismo.
Após anos embarcada no "boom" petroleiro iniciado por Chávez - "boom" que financiou boa parte de seus projetos sociais, que beneficiam quase 30% da população -, a economia venezuelana enfrenta defasagem na produção, escassez generalizada, a maior inflação latino-americana (de acordo com dados oficiais: 20,1%, em 2012) e alto endividamento público - déficit de 15% do PIB.
“O novo presidente vai encontrar um país que, para [ele] ganhar a eleição de outubro - e agora outra -, tirou dinheiro de onde podia [...] e agora estamos com alta inflação, escassez e baixa produção das indústrias em particular da petrolífera”, explica o analista político venezuelano Sadio Garavini di Turno.
Segundo prevê Sadio di Turno, "“[o governo] do chavismo sem Chávez não terá o carisma do grande chefe, nem a vontade de poder que ele tinha, nem a energia vital do caudilho e está condenado, antes ou depois, a perder força e unidade”.Por muitos anos, a impaciência dos venezuelanos com problemas como a violência, as quedas de energia e a parca infraestrutura não prejudicou a popularidade de Chávez - muito por causa do status quase religioso de que gozava entre seus partidários. Mas, com Maduro, pode não ser assim.
Violência
“Temos 46 assassinatos por dia, o que nos faz ser um dos países mais violentos do mundo. Isso é um tema que ambos os candidatos Capriles e Maduro tocaram nas campanhas", disse em entrevista ao G1 o cientista político Oscar Reyes.
Momentos depois de ter se registrado para concorrer na eleição, Nicolás Maduro prometeu ir a pé, desarmado, para as favelas mais perigosas de Caracas e pedir às gangues para baixar as armas. O governo venezuelano admite que o país sofre com a alta taxa de crimes violentos. Mas acusa a oposição de exagerar o problema e de alimentar temores para manchar a imagem da "revolução" socialista de Chávez.
No meio da campanha, em 2 de abril, Capriles liderou uma passeata em Caracas contra a violência.
Fonte: g1.globo.com
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