domingo, 21 de abril de 2013

Seções eleitorais encerram votação no Paraguai


Seções fecharam às 16h locais; eleitores que estavam na fila poderão votar.
Cerca de 3,5 milhões de paraguaios devem ir às urnas.


As seções eleitorais do Paraguai encerraram a votação para definir o novo presidente do país às 16h locais (17h no horário de Brasília) neste domingo (21).
A previsão é que a partir das 20h locais (21h no horário de Brasília) o resultado das eleições seja divulgado, de acordo com o Tribunal Superior de Justiça Eleitoral (TSJE) do Paraguai.
Locais de votação que ainda apresentam filas atenderão os eleitores até que todos que aguardam possam votar, de acordo com o TSJE. O órgão disse à agência France Presse que entre 65% e 70% dos eleitores paraguaios votaram neste domingo.
Cerca de 3,5 milhões de paraguaios devem ir às urnas para escolher também o novo vice-presidente, membros do Congresso bicameral e as autoridades departamentais para os próximos cinco anos.
Os paraguaios votam neste domingo para decidir se o partido conservador Colorado retorna ao governo que ocupou durante décadas, ou se o Partido Liberal mantém o poder que veio menos de um ano após a queda do presidente Fernando Lugo.
Favorito, empresário Horacio Cartes, de 56 anos, vota em Assunção (Foto: Pablo Porciuncula/AFP)Favorito, empresário Horacio Cartes, de 56 anos, vota em Assunção (Foto: Pablo Porciuncula/AFP)









O Colorado Horacio Cartes, um empresário controverso de 56 anos e novato na política, tem liderado as pesquisas contra o seu principal adversário, o ex-ministro de Obras Públicas Efrain Alegre.
Um eventual triunfo de Cartes devolveria o poder aos colorados, que deixaram o comando do país em 2008 depois de 60 anos, quando uma coalizão de centro-esquerda liderada pelo ex-bispo católico Fernando Lugo os derrotou em uma alternância histórica no Paraguai.
Ex-ministro de Obras Públicas Efrain Alegre durante votação em Assunção (Foto: Norberto Duarte/AFP)Ex-ministro de Obras Públicas Efrain Alegre durante votação em Assunção (Foto: Norberto Duarte/AFP)












Lugo deveria deixar a presidência em 15 de agosto deste ano, mas foi destituído por um impeachment deixando o governo nas mãos do seu vice, o líder do Partido Liberal, Federico Franco, e o país isolado em termos diplomáticos até a eleição.
Alegre, que como senador liberal votou a favor da saída de Lugo, daria continuidade à gestão iniciada por Franco.
Os candidatos concluíram na quinta-feira a campanha de fogo cruzado, em que Alegre acusou seu rival político de ter ligações com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, enquanto Cartes denunciou o concorrente de suposta apropriação indevida de fundos, quando ele era ministro, e de ter pago pelas alianças eleitorais com recursos públicos.
Ambos negaram as acusações.
"Para mim, todos eles são iguais, os Colorados, os liberais, o pessoal do Lugo. Eu costumava ter fé nos políticos, mas agora não mais. Aqui o que é necessário é trabalho e prometem tudo, mas ninguém lhe dá nada", disse Benitez Evelia, um vendedor de rua de 38 anos que disse que estava indecisos sobre em quem votar.
Fonte: g1.globo.com

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