Sindicatos organizaram ato na Avenida Paulista nesta tarde de sexta (26).
Na quinta, governo e categoria não chegaram a acordo sobre reajuste.
Professores decidiram na tarde desta sexta-feira (26), em assembleia na Avenida Paulista, manter greve na rede estadual de São Paulo. A manifestação de profissionais da educação complicava o trânsito na região da Avenida Paulista. Após a assembleia, o grupo seguiu em caminhada em direção à Rua da Consolação, e depois, até a Praça da República.
A presidente da Apeoesp (Sindicato Nacional dos Professores), Maria Izabel Noronha, diz que a ideia é que o movimento continue e cresça até que haja uma nova proposta do governo.(Acesse o Radar G1 e saiba como está o trânsito em São Paulo agora, com câmeras nas principais vias e indicações de onde o fluxo de carros está lento, intenso ou livre. Tenha o Radar G1 também no seu celular. O aplicativo é gratuito e pode ser baixado na App Store e no Google Play.)
De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o motorista deve evitar a região da Avenida Paulista e da Rua da Consolação.
Segundo a Polícia Militar, entre 4 e 5 mil pessoas participavam do ato por volta das 16h30. A PM acompanhou o evento com 135 homens, 22 motos, nove viaturas e um helicóptero. Manifestantes levavam cartazes de protesto, vaiavam e a pedido dos diretores do sindicato, no alto do carro de som, repetiam frases como "a greve continua" e "queremos dignidade." Os professores reivindicam maior reajuste salarial, mudanças na política de contratação de novos docentes, além de medidas contra a violência nas escolas.
Reivindicações
Tramita na Assembleia Legislativa, segundo o sindicato da categoria, uma proposta de reajuste de 2% sobre os 6% já previstos para julho de 2013, chegando a 8,1% de reajuste total. A categoria reivindica um reajuste salarial de 36,74%. O reajuste foi enviado à Assembleia Legislativa em 17 de abril pelo governo de São Paulo.
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, um professor que leciona para estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio, com uma jornada de 40 horas semanais, recebe, por exemplo, um salário-base de R$ 2.088,27. Com o aumento, passará a receber R$ 2.257,84 em 2013. Em 2014, quando deverá ser concedido novo reajuste de 7%, os vencimentos desse professor chegarão a R$ 2.415,89. Com os novos valores, o salário dos professores de educação básica II será, ainda de acordo com a pasta, 44,1% superior ao piso nacional, que é de R$ 1.567.
A Secretaria reiterou que o Governo de São Paulo “cumpre integralmente a Lei Nacional do Piso Salarial do Magistério Público.” A pasta informou também estar “à disposição para o diálogo com as entidades sindicais, mas não abre mão de trabalhar também, e sobretudo, diretamente com seus próprios profissionais comprometidos com o avanço da qualidade de ensino.”
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