domingo, 14 de abril de 2013

Centros de votação começam a fechar na Venezuela


País foi às urnas em dia calmo para escolher o sucessor de Hugo Chávez.
Presidente interino Nicolás Maduro enfrenta opositor Henrique Capriles.



À esquerda, candidato Nicolás Maduro, herdeiro político de Chávez; à direita, candidato Henrique Capriles, de oposição (Foto: Raul Arboleda/Ronaldo Schemidt/AFP)À esquerda, candidato Nicolás Maduro, herdeiro político de Chávez; à direita, candidato Henrique Capriles, de oposição (Foto: Raul Arboleda/Ronaldo Schemidt/AFP)
Os centros de votação da eleição presidencial da Venezuela começaram  a fechar, às 18h locais deste domingo (19h30 de Brasília), segundo as autoridades eleitorais, após um dia de votação tranquila.
Enfrentam-se Nicolás Maduro, presidente interino e "herdeiro" político de Hugo Chávez, e o oposicionista Henrique Caprileas.
"Tivemos um processo eleitoral que se desenvolveu com total normalidade, com total tranquilidade", disse Sandra Oblitas, do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Ela disse que os locais de votação em que ainda haja pessoas na fila devem permanecer abertos.
Fechada a votação, começa a transmissão dos dados na sala de totalização. Nos centros, os fiscais de ambos os partidos deveram conferir os resultados contando parte dos comprovantes físicos de votação."Falta um número importante de pessoas para exercer seu voto", disse.
A oposição dá importância a fase, pois considera que pode haver diferenças nos números.
Caravanas de motoqueiros percorrem os bairros populares gritando vivas ao líder oficialista.
O leste da capital, reduto da oposição,  permanece em silêncio, apenas com alguns fogos de artifício.
Maduro x Capriles
Os dois principais candidatos votaram à tarde.

Maduro, herdeiro político do presidente mortoHugo Chávez, Maduro, votou em Caracas.
"Está havendo recordes de participação", afirmou Maduro ao votar, ponderando que mais de 11,5 milhões dos 18,9 milhões de eleitores no país já depositaram seus votos nas urnas, de acordo com a EFE.
"Hoje estamos aqui e as notícias são muito boas. Vocês sabem, está havendo recordes de participação por toda a Venezuela", disse o herdeiro político de Chávez às agências de notícias. Ele assinalou estar passando por "uma grande emoção durante todo o dia". "A história continua, a história é a garantia, falta muito ainda por fazer", ressaltou.
Já Capriles, que também votou na capital, pediu a seus eleitores que participem do processo eleitoral  "em massa", de acordo com a Reuters.
"Nossa força está no processo [eleitoral] e, por essa razão, pelas pessoas que têm esperado um chamado para a 'avalanche' [de votos], especialmente os estudantes, não vamos esperar mais. Peço que vão para os centros de votação. Façam uma 'avalanche' até que as urnas estejam encerradas", disse o governador do estado de Miranda.
"Vamos Comandados quebrar recordes de Participação de nossa Democracia Mobilizada. O Soberano Decidirá o Rumo da Pátria de Bolívar", escreveu Maduro, mais cedo, em seu perfil no Twitter.
Economia
O sucessor de Chávez, que governará até 2019, enfrentará o desafio de reativar uma economia que começa a naufragar e de administrar uma profunda polarização social, depois de tanos anos de poder nas mãos de um líder tão carismático quanto controvertido.

A campanha eleitoral dos dois candidatos foi movida pela emoção, com o presidente interino, Maduro, usando da aura mística do falecido morto e com o líder opositor declarando-se numa "cruzada entre o bem e o mal".
O próximo presidente tomará posse no dia 19 de abril. Seu primeiro desafio será enfrentar a economia à beira do colapso, depois de anos de um "boom" petroleiro que permitiu a Chávez custear as chamadas "missões" sociais para as classes populares.
Os analistas enumeram um coquetel explosivo: uma produção decadente, escassez generalizada, inflação de 20% em 2012, seca de divisas, tudo isso combinado com um aparelho público endividado (déficit de 15% do PIB) e um preço do barril de petróleo estancado em US$ 100.
Com seis milhões de beneficiados pelas missões e três milhões de pensionistas - quase 30% da população, Agustín Blanco, historiador e autor do livro "Fala o Comandante", acha uma mudança radical é imperiosa para o país.
"É preciso colocar todos os venezuelanos para produzir, mas os dois candidatos seguem a mesma política assistencialista: eu vou repartir mais do que você", lamenta, temendo "o maior colapso econômico dos últimos 50 anos".
(*) Com agências internacionais
Venezuelanos esperam para acompanhar a apuração dos votos da eleição presidencial deste domingo (14) em Catia, bairro da capital Caracas (Foto: Paula Ramón/G1)Venezuelanos esperam para acompanhar a apuração dos votos da eleição presidencial deste domingo (14) em Catia, bairro da capital Caracas (Foto: Paula Ramón/G1)Fonte: G1

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