O Conselho de Administração da Petrobras aprovou nesta sexta-feira o nome de Ivan Monteiro, diretor-executivo da Área Financeira e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, como novo presidente interino da petroleira estatal.
Quem é Ivan Monteiro?
Ivan Monteiro fez carreira no setor bancário, foi presidente do Banco do Brasil. É um cara do financeiro e amigo do "mercado". Monteiro entrou na Petrobrás por intermédio do ex-presidente da empresa, Aldemir Bendine em fevereiro de 2015, no segundo governo de Dilma (PT), justamente para promover demissões em massa de trabalhadores terceirizados e dar inicio às privatizações, sempre com o objetivo de agradar o mercado e os investidores estrangeiros. Em 2016, Pedro Parente assumiu a presidência e o manteve como diretor financeiro.
Só para constar: o ex-presidente Bendine, de quem Monteiro era amigo de velha data e homem de confiança foi preso suspeito de receber R$ 3 milhões da Odebrecht em troca de favores à empresa em contratos da Petrobras.
Diante do aprofundamento da crise orgânica, essa troca de figuras é mais uma cartada de Temer que cada vez mais vê seu governo debilitado politicamente e, promove uma "mudança", para na verdade não mudar nada e dar continuidade ao plano de aumento abusivo dos combustíveis e privatizações. Conforme observou Leandro Lanfredi, petroleiro e militante do MRT:
“nas mãos de quem Temer e seus conselheiros na empresa indicarem, teremos a continuidade das privatizações. Não basta cair Parente para extirpar todo legado privatista e corrupto. O que fazer agora? A saída seria outro privatista ligado à direita? Retornar a política de preços do PT, que encheu os bolsos dos grandes acionistas privados e petroleiras estrangeiras, que levam em média 40% dos lucros da Petrobras para o exterior, anualmente? Nem nossos empregos, muito menos os serviços baratos e eficazes para a população seriam conquistados com essas saídas capitalistas.”
Parente foi sacrificado por Temer é evidente que a troca de personagens é apenas um mero jogo de cena diante da crise, pois a política de Monteiro sempre foi e seguirá sendo a privatização e a entrega do petróleo para saciar a sede de lucros das corporações multinacionais e do imperialismo.
Somente a classe trabalhadora organizada pode dar uma saída diante da política de aumento dos combustíveis, da privatização da Petrobras e da ofensiva do imperialismo. Nesse sentido, é preciso que a Petrobras seja 100% estatal e gerida pelos petroleiros e controle da população, única forma de garantir que o preço dos combustíveis sejam acessíveis a toda população e que as multinacionais não dilapidem a enorme riqueza que é o nosso petróleo.
Fonte: www.esquerdadiario.com.br
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