Durante coletiva de imprensa na Argentina, onde se encontrou com o presidente Mauricio Macri, nesta segunda-feira (3), Michel Temer afirmou que os protestos são "naturais da democracia" e que não se incomoda com eles.
Beto Barata/PR
Temer durante almoço com Macri, presidente argentino, em Bueno Aires
A declaração de Temer foi para tentar explicar o fato de ter mudado, na surdina, o horário que ia votar em São Paulo para driblar protestos que estavam programados contra ele na capital paulista.
"Os protestos são naturais na democracia, eu não me incomodo com eles. Eu estava programado para votar em um determinado horário, mas surgiu um compromisso e eu votei às 8 horas. A imprensa toda estava lá. Agora, se estava programado um protesto na minha votação e eu evitei, tanto melhor para mim", disse Temer.
Enquanto Temer respondia as perguntas, um grupo de manifestantes, entre brasileiros resisdentes na Argentina e argentinos, realizaram ato em frente a residência oficial do governo argentino onde aconteceu o encontro.
O usurpador também comentou o elevado percentual de abstenções nas eleições municipais. Para ele, houve uma "mensagem à classe política".
"Há uma decepção, sem dúvida alguma, com a classe política em geral", disse. "A abstenção foi realmente muito significativa, portanto, é uma mensagem, um recado que se dá à classe política brasileira para que reformule eventuais costumes inadequados", acrescentou.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a abstenção chegou a 17,5% do eleitorado. Na cidade de São Paulo, o número de pessoas que não compareceram às urnas no primeiro turno da eleição municipal foi de quase 22%.
Do Portal Vermelho
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