domingo, 24 de maio de 2015

Servidores da Uern decidem entrar em greve por tempo indeterminado


Professores aprovaram a greve durante assembleiaProfessores aprovaram a greve durante assembleia


















A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) enfrentará mais uma greve. Os professores e técnicos-administrativos decidiram paralisar as atividades por tempo indeterminado devido ao não-cumprimento do acordo salarial feito no ano passado pelo Governo do Estado. 
As assembleias dos técnicos-administrativos e professores da Uern foram realizadas ontem. Com 83 votos favoráveis e quatro contrários, os técnicos-administrativos aprovaram a paralisação imediata das atividades. Já os professores mantiveram o indicativo de greve para a segunda-feira. 
Para o presidente da Associação dos Docentes da Uern (Aduern), Valdomiro Morais, a a assembleia referendou o desejo dos docentes em defender a Universidade e suas condições de trabalho. "Tentamos, de todas as maneiras, manter o caminho do diálogo, das negociações, mas o descumprimento ao acordo firmado no ano passado mostra a falta de respeito do Executivo com a categoria dos docentes. Iremos para a rua lutar. Tem sido assim em toda a história de Uern e desta vez não será diferente", afirmou. 
Os servidores estão desde o início deste mês em campanha salarial pelo cumprimento do acordo firmado com o governo em 2014. Conforme o entendimento, que evitou a paralisação naquele ano, o governo se comprometeu que implantaria o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), que prevê um realinhamento salarial de 57,53%. 
Este reajuste, de acordo com o documento encaminhado pelo governo na época, seria parcelado em quatro anos, com a primeira parcela de 12,035% para este mês. Desde o início do mês, os servidores vêm mantendo o diálogo com o governo, no intuito de que o acordo fosse cumprido. 
Na semana passada, os representantes do Sindicato dos Técnicos-Administrativos da Uern (Sintrauern) e da Aduern estiveram reunidos com o governador Robinson Faria para debater essa questão. Na ocasião, o chefe do Executivo pediu que os servidores aguardassem uma semana para que o governo se reunisse com o setor jurídico para poder emitir um posicionamento oficial. 
Os servidores deram o voto de confiança e aguardaram a posição do governo, que foi anunciada em reunião ontem. Durante o encontro em Natal, Robinson Faria declarou que o Estado estaria impossibilitado de conceder o reajuste de 12,035% pleiteado para este ano. Ele alegou que o Governo está no limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Universidade enfrenta nova greve após três anos
Após dois anos seguidos de entendimento com o governo nas negociações com relação à campanha salarial, os servidores da Uern voltam a utilizar o direito da greve para cobrar melhorias para a instituição. 
A última greve da Universidade ocorreu em 2012 e durou 106 dias, a maior greve na história da instituição. Além de docentes e técnicos-administrativos, a paralisação na época foi endossada por estudantes da instituição. Nos dois anos seguintes, as negociações com o governo avançaram e os servidores não precisaram usar deste direito. 
No ano passado, inclusive, a paralisação foi evitada justamente por causa deste acordo feito com o governo, que hoje os servidores cobram o cumprimento. Além da questão do reajuste salarial, os professores e técnicos-administrativos da Uern reivindicam melhores condições de trabalho.

Fonte: omossoroense.uol.com.br/

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