De 824 convocados para o exame médico, 547 foram considerados inaptos.
Prazo para apresentação de recurso foi ampliado para cinco dias.
O comando da Polícia Militar do Rio Grande do Norte ampliou nesta quarta-feira (8) o prazo para apresentação de recurso dos candidatos reprovados no exame médico do concurso para soldado da PM. Dos 824 candidatos aprovados para esta terceira fase, 547 foram considerados inaptos. O valor corresponde a 66% do total. O prazo foi alterado de 48 horas para cinco dias.
De acordo com o comandante-geral da PM no estado, coronel Ângelo Dantas, há um grande interesse por parte da corporação, do governo do estado e da secretaria de segurança no ingresso dos novos nomes e a ampliação dos prazos não representa nenhum prejuízo para a administração pública.
"O candidato que entender que deve entrar com recurso procurar seu direito e o julgamento deve ser feito pela autoridade a quem competir, conforme as normas do concurso", disse o coronel. Dantas também afirmou que apenas os psicólogos e médicos que conduziram o exame médico é que podem se pronunciar quanto ao mérito das reprovações.
Segundo Vandenberg Bezerra, membro da comissão '824 convocados', formada há cinco anos pelos candidatos que aguardavam convocação no concurso, a ampliação de prazo é necessária, uma vez que está havendo dificuldade no acesso ao laudo contendo os motivos da inaptidão dos candidatos.
"Membros da comissão estiveram hoje no centro clínico e no departamento de pessoal da Polícia Militar, mas não tivemos acesso aos laudos sequer para sabermos os motivos pelos quais tantos candidatos foram considerados inaptos", disse o membro da comissão.
Dos 824 convocados para o exame médico, terceira fase do concurso, apenas 160 candidatos, 19% do total, foram considerados aptos. 547 foram considerados inaptos e 117 não compareceram no dia da avaliação.
824 convocados
O concurso pelo qual os candidatos se classificaram até esta fase teve o edital publicado em 2005. De lá para cá, segundo o coronel Dantas, três turmas de soldados foram formadas com aprovados pelo processo seletivo, em 2005, 2009 e 2010.
A realização do exame médico pelos 824 convocados nesta nova etapa só foi possível por meio de uma decisão judicial conquistada pela comissão formada pelos candidatos. Segundo Vandenberg Bezerra, a comissão espera agora pela sensibilidade do governo ao tratar dos recursos administrativos para reavaliação dos exames.
"Nunca houve um número tão alto de reprovados em um concurso público na história do Brasil, esperamos que o governo estadual mantenha a sensibilidade que vem tendo com os candidatos para que possamos assumir nossas vagas", concluiu Bezerra.
Fonte: G1/RN
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