sexta-feira, 25 de julho de 2014

Em visita a favela no Rio, Aécio não responde a perguntas sobre aeroporto


  • Carlos Moraes/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
    25.jul.2014 - O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, caminha em rua da favela Vigário Geral, na zona norte do Rio de Janeiro
    25.jul.2014 - O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, caminha em rua da favela Vigário Geral, na zona norte do Rio de Janeiro
De acordo com a Folha de S.Paulo, o senador e candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) evitou falar sobre suspeitas de favorecimento de sua família por conta da construção de um aeroporto em Cláudio (MG), durante uma visita nesta sexta-feira (25) a Vigário Geral, na zona norte do Rio, onde fez atividades de campanha e assistiu a uma apresentação do grupo artístico Afroreggae.
A obra em questão foi realizada quando Aécio estava em seu segundo mandato de governador de Minas Gerais, e um terreno pertencente ao tio de Aécio, o fazendeiro Múcio Tolentino, foi desapropriado para a construção do aeroporto, o que, segundo a Folha, beneficiou a família. Isso porque, ao escolher uma propriedade de parentes para construir o aeroporto de Cláudio (MG) no fim do seu mandato, Aécio abriu caminho para que seu tio-avô resolvesse uma pendência judicial que se arrasta há mais de uma década.
O homem é réu numa ação movida pelo Ministério Público estadual para obrigá-lo a devolver aos cofres públicos o dinheiro gasto pelo Estado na construção de uma pista de pouso existente no local antes de o aeroporto ser construído pelo governo de Minas. Para garantir o ressarcimento dos cofres públicos em caso de condenação, a Justiça mandou bloquear a área em 2001, o que impede Múcio de vendê-la. Com a desapropriação, feita sete anos depois, ele ganhou o direito de receber do Estado pelo menos R$ 1 milhão de indenização pela área.
Dependendo do desfecho da ação movida pelo Ministério Público, que ainda não foi julgada, esse valor poderá ajudá-lo a pagar pelo menos parte de sua dívida com a Justiça.
 
Questionado nesta sexta-feira (25) sobre a polêmica, Aécio disse que a matéria foi "mais que esclarecida".
"Todo homem público tem de esclarecer quaisquer questionamentos e fazer com que seus esclarecimentos possam chegar à opinião pública. Em Minas, não fiz um, fiz mais de 30 aeródromos. Em Minas, não fiz duas estradas, fizemos ligação de 229 cidades ao asfalto", afirmou o tucano. Ele disse ainda que, como governador, fez "milhares de licitações, sempre levando em conta o interesse público".
"Há uma exploração política e é natural que haja. Eu tenho a oferecer ao Brasil uma vida ilibada, correta", concluiu.
Ainda em Vigário Geral, o candidato falou sobre a proposta de Aloysio Nunes (PSDB-SP), candidato a vice-presidente em sua chapa, que prevê redução da maioridade penal em casos específicos. Aécio disse que apoia a proposta, que teria impacto pequeno em torno de 1% dos casos de crime cometido por menores e restrito aos crimes hediondos.
O candidato tucano também se manifestou sobre a decisão do TCU (Tribunal de Contas da União) de isentar de culpa pela compra da refinaria de Pasadena a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, e o conselho de administração da Petrobras, integrado por ela à época.
"Acho apenas curioso que os diretores da Petrobras sejam responsabilizados e os membros do conselho, que verificam, que têm responsabilidade formal na decisão, tenham tido tratamento diferenciado. Não pré-julgo ninguém, acho apenas que todos devem prestar esclarecimentos de questões que surgem. Acho apenas que está faltando uma palavra da presidente sobre esse caso."
Por fim, Aécio falou sobre a questão diplomática envolvendo Israel e o Brasil. "O Brasil vem tendo uma política externa com viés claramente ideológico. Isso impede que o Brasil avance em acordos com a União Europeia. O Brasil fica amarrado ao Mercosul, sem flexibilização", pontuou.
Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/

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