Um agricultor foi preso nesta quinta-feira (22) suspeito de estuprar
duas enteadas dele ao longo dos últimos quatro anos. O caso aconteceu no
município de Apodi, na região Oeste do Rio Grande do Norte. De acordo
com Renato Oliveira, titular da delegacia da cidade, o homem tem 34 anos
e confessou o crime em depoimento. "As garotas tinham 11 e 12 anos
quando ele começou a abusar sexualmente delas", revelou o delegado. O
padrasto se defende dizendo que "elas deixaram".
Ao G1, o delegado contou que a prisão preventiva se
deu em razão de um mandado expedido pela Comarca de Apodi após a
denúncia de uma das vítimas. "Uma das meninas, que já não mora mais na
casa, foi até a DP e fez a denúncia ao saber que a irmã mais nova também
estava sendo estuprada", contou.
Segundo Renato Oliveira, ao ser questionado sobre o abuso, o padrasto
confirmou que mantinha relações com as duas enteadas, mas alegou que
elas permitiam. "Ele admitiu que teve relações sexuais com as duas. A
mais velha quando tinha 12 anos. Já, a mais nova, desde que tinha 11
anos. Ambas foram abusadas por um período de quatro anos, mas o padrasto
disse que nunca as forçou a fazer sexo com ele, que tudo foi
consensual", disse o delegado.
Ainda de acordo com Oliveira, a mãe das meninas sabia dos abusos, mas
disse que não fez a denúncia por medo. "Ela disse que tinha medo que
acontecesse alguma coisa com as meninas. É uma família muito pobre, sem
instrução, que não tem noção das leis". O delegado falou ainda que a
prisão preventiva se deu porque o suspeito tem outras três crianças
dentro de casa. "Ele tem três filhas biológicas que vivem com ele e a
esposa dentro de casa. O juiz entendeu que essas meninas estão em
situação de risco", explicou.
O agricultor deve responder pelo crime de estupro de vulnerável. "Mesmo
que a relação tenha sido consensual, a lei diz que uma ter relações
sexuais ou atos libidinosos com menores de 14 anos configura-se em crime
de estupro de vulnerável. Ele vai ficar preso até que seja levado a
julgamento", concluiu o delegado.
Fonte: G1/RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário