sexta-feira, 23 de maio de 2014

'Elas deixaram', diz padrasto preso no RN por estuprar enteadas por 4 anos

Um agricultor foi preso nesta quinta-feira (22) suspeito de estuprar duas enteadas dele ao longo dos últimos quatro anos. O caso aconteceu no município de Apodi, na região Oeste do Rio Grande do Norte. De acordo com Renato Oliveira, titular da delegacia da cidade, o homem tem 34 anos e confessou o crime em depoimento. "As garotas tinham 11 e 12 anos quando ele começou a abusar sexualmente delas", revelou o delegado. O padrasto se defende dizendo que "elas deixaram".
Ao G1, o delegado contou que a prisão preventiva se deu em razão de um mandado expedido pela Comarca de Apodi após a denúncia de uma das vítimas. "Uma das meninas, que já não mora mais na casa, foi até a DP e fez a denúncia ao saber que a irmã mais nova também estava sendo estuprada", contou.
Segundo Renato Oliveira, ao ser questionado sobre o abuso, o padrasto confirmou que mantinha relações com as duas enteadas, mas alegou que elas permitiam. "Ele admitiu que teve relações sexuais com as duas. A mais velha quando tinha 12 anos. Já, a mais nova, desde que tinha 11 anos. Ambas foram abusadas por um período de quatro anos, mas o padrasto disse que nunca as forçou a fazer sexo com ele, que tudo foi consensual", disse o delegado.
Ainda de acordo com Oliveira, a mãe das meninas sabia dos abusos, mas disse que não fez a denúncia por medo. "Ela disse que tinha medo que acontecesse alguma coisa com as meninas. É uma família muito pobre, sem instrução, que não tem noção das leis". O delegado falou ainda que a prisão preventiva se deu porque o suspeito tem outras três crianças dentro de casa. "Ele tem três filhas biológicas que vivem com ele e a esposa dentro de casa. O juiz entendeu que essas meninas estão em situação de risco", explicou.
O agricultor deve responder pelo crime de estupro de vulnerável. "Mesmo que a relação tenha sido consensual, a lei diz que uma ter relações sexuais ou atos libidinosos com menores de 14 anos configura-se em crime de estupro de vulnerável. Ele vai ficar preso até que seja levado a julgamento", concluiu o delegado.
Fonte: G1/RN

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