quarta-feira, 7 de agosto de 2013

PF mantém buscas por 4 suspeitos de integrar grupo de extermínio no RN

PF mantém buscas por 4 suspeitos de integrar grupo de extermínio no RN


Operação foi deflagrada na madrugada desta terça-feira (6) (Foto: Divulgação/Polícia Federal do RN)
Operação foi deflagrada na madrugada da terça (6)
(Foto: Divulgação/Polícia Federal do RN)
A Polícia Federal ainda mantém buscas, nesta quarta-feira (7), para dar cumprimento a quatro mandados expedidos pela Justiça contra suspeitos de envolvimento em um suposto grupo de extermínio com atuação no Rio Grande do Norte. A operação Hecatombe, deflagrada na madrugada desta terça (6), prendeu 17 suspeitos, entre eles sete policiais militares. Entre os que permanecem foragidos, dois também são do quadro da PM potiguar. “Até agora não surgiram novidades, mas as buscas continuam", afirmou o assessor de comunicação da PF Wagner Cavalcante.
Ainda segundo a PF, os envolvidos são apontados como suspeitos de pelo menos 22 homicídios, a maioria crimes registrados na zona Norte de Natal. O grupo também teria planejado a morte de uma delegada da Polícia Civil, um promotor de Justiça e um agente da Polícia Federal cedido ao Estado do Rio Grande do Norte.
O grupo, ainda segundo a PF, também teria planejado resgatar o soldado Wendell Fagner Cortez quando este esteve preso na Penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na região metropolitana da capital. Apontado como um dos chefes do grupo, atualmente ele está preso no quartel do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), que fica na zona Norte de Natal. Procurada pelo G1, a advogada Kátia Nunes, responsável pela defesa do policial, informou que ainda irá se informar sobre as suspeitas envolvendo seu cliente.Em coletiva, a PF divulgou que os motivos das execuções eram os mais variados e iam desde crimes encomendados, disputas pelo controle de pontos de venda de drogas, brigas, discussões e até mesmo a queima de arquivo com a eliminação das testemunhas dos crimes. O delegado Alexandre Ramagem ainda afirmou que o grupo cobrava entre R$ 500 e R$ 50 mil para executar as vítimas. "Mas houve um caso em que uma morte se deu por um motivo mais que banal. Um dos presos executou uma pessoa apenas para 'estrear' uma pistola que havia comprado", disse.
Hecatombe
O nome da operação faz referência ao sacrifício coletivo de muitas vítimas. Segundo a assessoria de imprensa da PF, os agentes foram às ruas para dar cumprimento a 21 mandados de prisão e 32 de busca e apreensão. Ainda houve outros nove mandados de condução coercitiva - quando a pessoa é levada para prestar depoimento à força.
A operação foi realizada nos municipios de Natal, São Gonçalo do AmaranteParnamirim eCerro Corá. Ao todo, participaram da ação 215 policiais federais, sendo que 30 deles são do Comando de Operações Táticas Especializado em Operações de Alto Risco, de Brasília.
Alguns dos investigados possuem antecedentes por homicídio. Um dos suspeitos já foi preso em posse de diversas armas de fogo, supostamente utilizadas nos assassinatos.
Todos os presos devem responder por crimes de homicídio qualificado praticado por grupos de extermínio e constituição de grupo de extermínio. As penas máximas dos crimes cometidos pelos principais integrantes do grupo podem chegar a 395 anos de prisão.
A operação contou com o apoio da Coordenação de Inteligência da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social do RN.
Fonte: g1.globo.com

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