Caião, como é conhecido, se divide entre treinos para Jungle Fight e trabalho como assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do RN
Ficou para julho. O confronto entre o potiguar Caio Alencar e o paulista Edson "Conterrâneo" França, pela categoria peso pesado do Jungle Fight, que estava previsto para o próximo sábado, em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, só vai acontecer no próximo mês. Edson Conterrâneo sofreu uma lesão nos olhos, e só terá condições de lutar após o evento deste fim de semana. O atleta potiguar falou ao GLOBOESPORTE.COM sobre o cancelamento do combate, da vida de "dupla função" e da meta de chegar ao UFC (veja ao lado a vitória de Caio sobre Bira Lima, no Jungle Fight 52).
- Infelizmente, o Edson sofreu uma lesão no olho e tivemos que adiar. Mas a organização já disse vamos lutar dentro de um mês, provavelmente em Macapá, no Amapá - disse o atleta de 34 anos.
Ainda de acordo com Caio, a possível data para o confronto seria no dia 20 de julho. A organização do Jungle Fight ainda não confirmou o local e data do próximo evento. Caião lutou no Jungle Fight 52, realizado em Belém do Pará, quando venceu Bira Lima por finalização.
Fora do octógono
Formado em Direito, Caião, como é conhecido, divide seu tempo entre o trabalho como assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte e os treinos no MMA, esporte ao qual se dedica há cinco anos. Atleta desde os 14 anos, o peso pesado já está acostumado com o ritmo de ter outra atividade profissional e competir.
- Luto desde os 14 anos. Já são 20 anos desde que comecei no jiu-jitsu. Desde o começo que tenho que me dividir. No início era com os estudos, agora é com o trabalho. Mas dá para levar na boa. Não tenho dificuldades com isso - disse o atleta, que é filho do ex-desembargador e ex-presidente do Tribunal de Justiça do RN, Caio Alencar.
Para conseguir treinar, o atleta tenta adaptar a sua rotina. Os treinos são realizados em horários intermediários, e com o apoio dos colegas de trabalho.
- Dou expediente na Assembleia pela manhã e à tarde. Acabo tendo que treinar nos horários intermediários. Treino na hora do almoço, por volta das 12h15, e no começo da noite. É o jeito. O importante é não deixar de treinar. Os colegas do trabalho gostam, apoiam. Eles acompanham minha carreira e torcem muito por mim - destacou.
No jiu-jitsu, Caião se tornou um atleta consagrado. Campeão mundial em 2007 e 2009, logo foi garimpado pelos seus treinadores para o MMA, esporte que começou logo na sequência do último título mundial no jiu-jitsu. Já no novo esporte, foi um pulo para começar a ganhar destaque.
- Comecei trabalhando o muay thai, e também aprimorei o meu jiu-jitsu. Em pouco tempo, já me sentia adaptado ao MMA. Comecei lutando pequenos torneios em Natal, que marcaram a volta do MMA para a cidade, depois daquele período em que todo mundo ficava com um pé atrás em relação ao esporte. Foi um trabalho importante. Um dos principais apoiadores nessa mudança foi o professor Adriano Coringa - lembra o lutador.
Próximo passo: luta no UFC
Após vencer Bira Lima no Jungle Fight, o atleta já pensa em voos mais altos. A meta agora é conseguir uma luta no UFC, principal organização de MMA do mundo. De acordo com ele, o trabalho agora está todo voltado para conseguir uma vaga no evento.
- Estou trabalhando para conseguir uma luta no UFC. É algo que almejo e sei que é possível. Se eu ganhar mais duas lutas, estarei apto para ter uma luta no UFC. Para minha categoria, eu sou um atleta leve, rápido. Os caras que lutam no peso pesado normalmente são caras gordos, que não se cuidam. Sei que posso chegar lá e ter um bom desempenho - lembra.
Fonte: globoesporte.globo.com
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