sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

FMI emite declaração de censura contra Argentina por erros em estatísticas

Washington, 1 fev (EFE).- O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou nesta sexta-feira que os progressos na Argentina na melhora das estatísticas "não foram suficientes" e, como consequência, decidiu emitir "uma declaração de censura pela ruptura" de suas obrigações com o organismo internacional.

Por isso, solicita que a Argentina adote medidas que remedeiem a "falta de precisão" em seus dados de inflação e do Produto Interno Bruto (PIB) para antes de setembro de 2013.

Se então o Diretório Executivo do organismo considerar que seguem sem solução estes problemas, o país sul-americano poderia ser "afastado" da possibilidade de receber recursos do Fundo.

Trata-se de mais um passo na pressão por parte do organismo dirigido por Christine Lagarde à Argentina para que melhore a qualidade de seus dados de inflação e do PIB, e é a primeira vez na história que o FMI toma esta medida.

"O Diretório Executivo insta à Argentina a adotar as medidas para remediar a falta de precisão de seus dados estatísticos sem mais atraso antes de 29 de setembro", indicou o FMI em sua nota de imprensa.

Por enquanto, a decisão não prevê sanções específicas, mas abre a porta para que em novembro de 2013, quando Lagarde deve apresentar seu novo relatório ao Diretório Executivo, e no caso que não haja melhora, sejam suprimidos "seus direitos de voto" no organismo e seja impedido seu acesso aos recursos do Fundo.

O FMI reiterou que os dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) diferem notavelmente dos de analistas privados e é necessário que tenham qualidade e, por isso, em seus relatórios anuais de "Perspectivas Econômicas Mundiais" sempre adverte de sua falta de confiabilidade.

Em setembro passado, Lagarde já havia advertido à Argentina que melhorasse os dados estatísticos que proporciona à organização se não queria receber um "cartão vermelho", ou uma "declaração de censura", por parte do Fundo, como finalmente ocorreu. 

Fonte:economia.uol.com.br

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