sexta-feira, 7 de julho de 2017

Contee: Pressão sobre os senadores é fundamental para derrotar reforma



Agência Câmara
 
 





















Na terça-feira, 11, o plenário do Senado vota a Reforma Trabalhista. Se for aprovada alguma mudança no texto, o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38/2017 retorna à Câmara, e os trabalhadores ganham mais tempo para alterá-lo ou derrotá-lo.

Embora ainda minoritária, a oposição ao PLC tem dominado a discussão sobre seu teor. Mesmo seus defendores preferem calar e não responder aos argumentos contrários, tão claro é o seu caráter reacionário, anticonstitucional e favorável aos exploradores do trabalho assalariado. 
Parlamentares também convocam o povo

Não só os sindicalistas, mas também parlamentares estão convocando os trabalhadores a pressionar o Senado. O senador Roberto Requião (PMDB-PR) considera que "a demonstração de força que nós dermos em Brasília, dia 11, vai assegurar a continuidade da luta. Uma luta que só termina com a restauração dos direitos do trabalhador no nosso país".

O senador Paulo Paim (PT-RS) considera a próxima terça uma "data histórica. O Senado vai decidir se assume sua responsabilidade ou se dá uma de Pôncio Pilatos e lava as suas mãos e aprova essa reforma do jeito que veio da Câmara. Espero que não aconteça. Mas para que não aconteça, é necessário que vocês se mobilizem. Façam uma vigília na terça-feira, na Câmara dos Vereadores de sua cidade, em frente à casa dos senadores, em protesto, para que cada senador saiba que estão acompanhando, porque esta proposta é desumana, é truculenta".

A presidenta do PCdoB, deputada federal Luciana Santos (PE), considera a reforma uma "tentativa de rasgar a CLT. Vamos todos para as ruas contestar a Reforma Trabalhista". Randolfe Rodrigues (Rede-AP) diz que a reforma é “uma das medidas mais drásticas contra os trabalhadores”, inclusive com a possibilidade de mulheres grávidas e lactantes trabalharem em locais insalubres. "Nem no início do mais brutal capitalismo tinha uma condição de servidão como essa", afirmou

Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) tachou de “falácia” o argumento governista de geração de milhões de empregos, sustentando que a reforma irá, na verdade, “subtrair direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora”. A senadora Ângela Portela (PDT-RR) alertou que "sem a legislação que ampare o trabalhador, restará a ele apenas o que for oferecido pelo empregador. Nesse quadro de desequilíbrio de poder entre as partes negociadoras está a institucionalização da precarização do mercado de trabalho".

Gilson considera que a batalha está em andamento, "e podemos vencer. A pressão sobre os senadores é fundamental. Quem não puder vir a Brasília, que faça manifestações em sua cidade, que envie emails e telefone aos senadores cobrando o compromisso com um Brasil socialmente justo, que respeita, e não suprime, as leis trabalhistas".

Na segunda-feira, 10, haverá manifestação no Aeroporto de Brasília, para recepcionar os senadores que chegam de seus estados, denunciando o caráter sórdido da reforma. Na terça, 11, manifestação no Senado Federal e, se a votação varar a madrugada, vigília no Congresso na quarta, 12.



Fonte: Contee

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