quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

'Precisamos de ajuda', diz irmã de mulher que pesa 360 kg em Natal

Karla Leão diz que irmã, Kalina, dobrou de peso em dois anos.
Kalina tem problemas mentais; família tenta cirurgia de redução de estômago.


Bombeiros e Samu resgataram mulher obesa nesta terça (29), em Natal (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)Bombeiros e Samu resgataram mulher obesa nesta terça, em Natal (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
 "Ela dobrou de peso em menos de dois anos. Isso foi depois que parou de andar e teve que passar a viver em cima de uma cama. Chegamos ao nosso limite. Precisamos de ajuda". O depoimento é da desempregada Karla Leão, de 50 anos, e se refere à irmã dela, Kalina, de 52 anos. Kalina teve de ser resgatada por 15 homens do Corpo de Bombeiros e do Samu na manhã desta terça-feira (29) após a cama em que estava não suportar os mais de 360 quilos dela e quebrar. A mulher fraturou o braço esquerdo e passou por uma cirurgia à tarde em um hospital particular de Natal. Kalina passa bem.
Segundo Karla Leão, Kalina tem um distúrbio comportamental. "Ela sempre teve sobrepeso. Em 2013, a minha irmã chegou aos 180 quilos e passou a não conseguir mais andar. Atualmente, com o excesso de peso e a deficiência mental, a Kalina depende de mim, da nossa mãe e de uma irmã nossa pra tudo. Somos nós que damos banho, comida e limpamos as necessidades dela. Estou desempregada justamente para poder cuidar da minha mãe, que é uma senhora de idade, e da Kalina, que está nessa situação. Mas agora chegou a um ponto crítico. Se ela não for ajudada, irá morrer", falou.
Karla diz que essa foi a quarta vez que o peso de Kalina fez com que ela quebrasse uma cama. "Não podemos deixar de alimentar a Kalina. Como ela passou a viver em cima de uma cama, aumentou muito rapidamente de peso. E isso acabou provocando quebras constantes. A solução agora é construir uma de alvenaria".
A desempregada também luta para que a irmã passe por uma cirurgia de redução de estômago, mesmo tendo deficiência mental. "O correto em uma situação dessas é que a pessoa perca um pouco o peso antes da cirurgia. Mas isso não será possível com a Kalina. Ela tem que ser operada logo. Agora ela passou a correr risco de morte".
Nesta terça, o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte emitiu nota informando que foram necessários quinze militares para realizar o resgate. Ainda não há previsão de alta para Kalina Leão.
Fonte: G1/RN

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